sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Infecção 1ª Temporada

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Era uma viagem longa, 10 horas naquele Avião e Diego não aguentava mais, ele não sabia onde estava exatamente, mas tinha que estar perto, afinal não era tão longe do Brasil à Londres. Era início de Julho e ele tinha acabado de entrar de férias, sua mãe então deu a ideia dele ir para a Inglaterra para ficar lá um mês com sua irmã mais velha, Diego nunca tinha se sentido tão independente quanto naquele momento em que subiu no avião sozinho, ele não tinha muitos momentos como aqueles, com apenas 15 anos Diego era moreno, tinha os olhos verde-esmeralda, era alto para sua idade, por isso nem aparentava a idade que tinha, e já começava a aparecer uma barba rala.

A Aeromoça chegou perto dele, ele vinha acompanhando ela com o olhar a viagem toda, era uma mulher muito bonita, Loira dos olhos castanhos e seios fartos, seu uniforme era perfeito e não via sequer um amassadinho.

“Deseja algo senhor?” perguntou a moça.

“Não Obrigado” respondeu Diego meio sem jeito

“Eu percebi que você está meio nervoso”

“Não, é que estou cansado só isso, não imaginava que demora tanto”.

“Tudo bem, eu entendo, mas já estamos bem perto, se precisar de algo pode me avisar, está bem senhor?”

‘poderia parar de me chamar de senhor’ pensou Diego, mas não falou, porque isso fazia dele ainda mais importante.

“Tudo bem eu chamo” respondeu ele virando a cabeça para a janela, era noite e nada se via fora da janela tudo estava calmo no avião até que um homem esquisito passou por ele, Diego virou a cabeça para ver o homem que parecia bêbado e caia pros lados como se o avião estivesse em turbulência, Vestia uma roupa branca onde se lia alguma frase em Inglês, aparentava ter seus 40 anos e olhava para todos os lados com um olhar furioso, para Diego ele parecia agora drogado, a mesma aeromoça que tinha acabado de falar com ele foi até o homem e perguntou:

“Está tudo bem senhor? Você precisa de algo?”

“MY HEAD!!” falou o homem mais alto que o normal

“What... What’s happening??” perguntou a Aeromoça

“I… DON’T… KNOW…” agora ele gritava de verdade e parecia muito atordoado batendo em tudo então caiu no chão, a aeromoça que não estava entendendo nada correu até o que para Diego era um telefone e falou alguma coisa rápida, logo depois a voz do piloto ecoou pelo avião

“Todos os passageiros permaneçam em seus lugares e mantenham a calma nós já vamos dar atendimento médico ao homem que desmaiou, deve ter sofrido com a altitude”.

A aeromoça e um comissário pegaram o homem e o levaram até onde ficava o “telefone” e o colocaram no chão, pareciam estar examinando-o então a aeromoça se levantou rapidamente, parecia muito assustada e pegou o telefone, pelo nervosismo dela o homem só podia estar morto.

Então de repente a perna do homem se mexeu, Diego não perceberia se não tivesse olhando diretamente para ela, ela já estava se mexendo antes, mas era devido à massagem cardíaca pensava Diego, mas aquele movimento foi diferente, as pernas do homem caído se fecharam um pouco e então se fechou de vez. Esse movimento todos viram, e gritaram pra aeromoça que ainda não estava vendo, ela se virou e então deu um grito desesperado, Diego não estava mais entendendo nada até ver o sangue serpenteando no chão chegando perto do pé do homem deitado, a aeromoça então falou no telefone de novo e dessa vez mais alto, porque estava muito nervosa

“Ele está comendo o pescoço do Carlos!”

Então soltou o telefone e se abaixou perto dos pés do homem, depois sumiu, as pessoas mais curiosas se levantavam para ver, e Diego decidiu ir olhar também, correu entre as pessoas e então viu a aeromoça com a mão no braço, escorria sangue entre seus dedos, e o comissário morto no chão, o homem que estava morto antes se levantava e fazia barulhos estranhos.

“ZUMBI” gritou Diego sem pensar. Ele tinha se lembrado na hora de todos os jogos que ele já tinha jogado e o tempo assistindo The Walking Dead, onde tinha visto monstros como aquele, seus olhos eram brancos como de uma pessoa cega, o olho parecia um pouco saltado para fora e tinha sangue em todo seu rosto e sua roupa branca, Diego correu os olhos em volta e todos olhavam para ele assustados, mas durou apenas um segundo logo todos começaram a correr pelo avião o morto-vivo se levantou e segurou a mão de um homem que tinha demorado demais pra correr, o homem lutou para se soltar mas não conseguiu, o zumbi mordeu seu braço e arrancou um pedaço com uma facilidade como se fosse uma maçã, Diego correu pra frente passando pelas pessoas, um homem passou por ele e puxou uma arma e deu 2 tiros, ambos no peito, o homem continuava andando ...

“NA CABEÇA!!” gritou Diego e continuou correndo

O homem então disparou mais 3 vezes para acertar na cabeça, então o homem caiu, todas as pessoas estavam em pânico, muitas choravam, uma mulher estava com um bebê e esse chorava demais, Diego olhou para o homem caído, parecia que tinha dado um jeito nele.


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“Estamos próximos de Londres e já estamos nos preparando para pousar, todos fiquem calmos, sentem-se e coloquem os cintos, pousaremos em 30 minutos, já fui informado da situação nossos funcionários feridos já estão recebendo cuidados médicos, se mais alguém estiver ferido pode chamar uma aeromoça que ela lhe levará ao Doutor” A Voz do Piloto parecia nervosa.

Diego foi para seu assento e ficou pensando naquilo, era a coisa mais impressionante que ele já tinha visto, era como se tivesse entrado em “Resident Evil” e por isso estava muito excitado apesar do medo, ao pensar nisso, seu pensamento se voltou para o Comissário, se aquilo fosse mesmo um Zumbi, o Comissário poderia se transformar em um dele, e a aeromoça também, afinal pelo que ele lembrava ela tinha sido mordida. Nessa altura todos estavam sentados e com o cinto, todos estavam apreensivos e quase surtando, aquele corpo no chão também não ajudava.

O garoto olhou para trás, e o que viu queria não ter visto, O Comissário era um homem bonito, mas aquilo ali nem de perto lembrava o que ele fora um dia, seu pescoço fora devorado e estava pela metade, e sua cabeça estava caída pro lado, mesmo assim ele tinha fome, e se arrastava atrás de comida, pegou a primeira pessoa que viu, uma garotinha que parecia ter somente 10 anos, e mastigou sua perna, o grito da menina fez todos se virarem para ver aquilo, a aeromoça loira apareceu e estava atordoada como o homem estava antes de morrer 30 minutos antes, todos tentaram tirar seus cintos, mas não parecia fácil quando se estava em pânico, Diego simplesmente não conseguia se soltar e a qualquer momento a aeromoça iria se transformar, o pânico era geral e o garoto não conseguia se soltar, assim como muitas pessoa.

A loira caiu no chão perto de Diego, seu uniforme não parecia mais tão arrumado, ele sabia que tinha pouco tempo até ela se levantar, então se acalmou e abriu o cinto, passou por cima da mulher e foi na direção contrária do comissário, este já tinha devorado a perna da menina que já jazia morta ou desmaiada no banco, sua mãe não tinha tirado o cinto até aquele momento e chorava em cima da filha o mesmo homem que tinha atirado antes se levantou e puxou seu revolver, Diego olhou ele, então a arma disparou e acertou no ombro do Zumbi, o homem não parecia saber como usar aquilo, ele mirou de novo e atirou, nesse momento o Desmorto estava vindo à direção dele, mas a arma não fez o barulho normal, fez apenas um “tic” que significava que não estava carregada.

“Droga, cadê as balas dessa mer...” não deu tempo terminar a frase o comissário já atacava seu braço e ele começou a gritar.

Diego já tinha corrido desde o “tic” e estava cada vez mais atrás no avião, olhou para trás e viu uma aeromoça morena que já estava zumbificada. Entrou em um banheiro e lá ficou o que parecia uma década, mas se passou apenas 15 minutos, os gritos eram muitos, e ele nem queria ver o que estava acontecendo, só queria estar em casa e desejava acordar daquele pesadelo, tudo que ele queria era que sua mãe não tivesse inventado aquela viagem idiota, de repente o avião começou a chacoalhar,

‘Ótimo, só faltava agora uma merda de turbulência’ pensou o garoto.

O avião mexia demais, parecia que os ossos do Diego iriam se embaralhar dentro dele, então o avião parou de balançar, os grunhidos fora do banheiro continuavam, mas estavam baixos... O avião então começou a descer.

‘Finalmente vamos pousar, nossa que alívio’

O menino decidiu então sair pra ver como estava, ele não via nenhum vivo, mas também não via mortos, continuou andando e então viu as primeiras mortas, eram a menina que ainda estava de cinto e não conseguia sair do lugar, sua perna estava só nos ossos, e sua mãe parcialmente mordida no braço e no pescoço, Diego olhou pra baixo e viu a arma do cara que não sabia atirar, pegou mas logo lembrou que não tinha balas, a inclinação do avião ficou maior e ele começou a se sentir muito leve. Parecia que ele era o único naquele lugar, o Boeing estava muito na diagonal e ele sentiu seus pés saírem do chão e voltar, aquilo estava esquisito, olhou para trás e viu vários zumbis vindos à direção dele totalmente desajeitados (mais que o comum), decidiu correr para frente do avião, mas nesse momento o avião desceu demais ele sentiu seus pés saírem totalmente do chão, e começou a flutuar, parecia que não tinha gravidade,  ele percebeu o que estava acontecendo, o avião estava totalmente na vertical e estava caindo e logo iria colidir, o menino viu que nada poderia fazer, o que havia acontecido com o piloto? O Impacto era iminente e agora Diego não queria mais parecer independente

“Mãe...”

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Era uma manhã fria em Londres, Olívia estava se preparando para o trabalho, tinha que estar na Scotland Yard às 8 para terminar um relatório sobre uma prisão realizada por ela no dia passado, tomou seu banho quente rápido e depois foi se trocar, seu quarto cheirava ao perfume de seu marido, e muitas roupas estavam jogadas em cima de uma poltrona verde que ele amava, pegou o uniforme, aquele que ela odiava e vestiu, ela sempre odiou os uniformes da Yard, atualmente como Capitã ela vestia uma boina preta, camisa com bolsos, um Top sem mangas cor roxa, calça com bolsos preta, e sapato bico redondo preto.  Ela realmente sentia falta de uma corzinha no seu uniforme que sempre era muito preto, como tudo em Londres,  desceu as escadas para a cozinha, sem tempo para comer pegou uma maçã na saída.
“Amor vou embora” disse a mulher

“Já Liv?” perguntou John naquele Tom de voz grave que ela amava.

“sim, tenho que preparar um relatório para entregar até 8 da manhã.”

“ok, meu beijo” pegou no braço dela e a beijou apaixonadamente.

Mesmo depois de 5 anos de casados e mais 3 de namoro eles viviam como se fosse o primeiro dia de namoro, apesar das dificuldades, ela trabalhava até tarde na polícia Londrina e ele era escritor de suspenses, para muitos amigos  do casal os papeis deles eram totalmente invertidos, alguns diziam que ele não fazia nada e só ela trabalhava mas Liv não ligava, ela amava as histórias dele e além disso seu marido estava crescendo e ficando importante na literatura londrina. Ela o olhou de novo passando os olhos por seu cabelo castanho e ondulado, seus olhos também castanhos por trás dos olhos e aqueles lábios carnudos, então saiu.
...
John não gostava do trabalho de Liv, Ele achava tudo muito perigoso, mas respeitava, era o trabalho que ela sempre quis, seguiu a carreira do pai, que era a única pessoa na vida dela antes dele, e quando ele a conheceu a garota já almejava isso, se conheceram na faculdade, ele fazendo curso de Letras e ela Direito. Formaram-se quase juntos no segundo ano de namoro e desde então planejaram o casamento, as pessoas não gostavam do casamento deles, diziam que o marido estava explorando Olívia, mas ela dizia que não ligava, ele sempre ficou com um pé atrás.
Naquele dia ele planejava terminar o seu novo livro, mas não queria dizer a sua mulher por que iria fazer uma surpresa para ela dando-lhe a primeira edição do livro. Depois de se despedir dela o homem voltou para seu notebook, quando passou pela TV, Andrew Carter, o  âncora do jornal da manhã no canal 9 estava como sempre impecável, e dava uma notícia sobre uma queda de avião:

“... Nesta manhã na região sul de Londres. O avião que vinha de São Paulo, no Brasil, tinha 208 passageiros e até agora não encontraram nem 50 nos destroços, a Polícia acredita de ter sido um ataque terrorista, mas não deu mais informações, a qualquer momento voltamos com esse trágico acidente do Voo 140.”

‘parece que a Liv vai ter bastante trabalho por esses dias’

...

Olívia se encaminhava para Westminster quando recebeu uma chamada, do outro lado da linha estava a Voz mais fria e autoritária que Liv já tivera o desprazer de conhecer, tudo em seu trabalho era ótimo menos Patrick Cox, Chefe da polícia de Londres, ele nunca gostou muito dela, mas, ela nunca deu razão para reclamações dele, sempre fez seu trabalho magnificamente bem, sendo uma das melhores policiais da Scotland Yard além de ser a melhor atiradora, naquela manhã Cox não estava diferente.

“Palmer Venha para Sutton agora”

“O que Houve Chefe?”

“Acidente de Avião” Liv achou estranho aquilo, ela não investigava acidentes de avião, a não ser... “encontraram evidencias que pode ter sido terrorismo”

Agora fazia Sentido, “Estou a caminho” e desligou o telefone, ‘Parece que o relatório fica para depois. Terrorismo em Londres... Muito estranho.’

Fez a volta e pegou a Rodovia em direção ao Sul.


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Ao Chegar no local do acidente Olívia foi logo recebida pelo Agente especial James Buttler que deu as informações para ela

“Olá Agente Palmer”

“Olá, o que houve aqui? Por que precisam da Scotland Yard?”

“Aparentemente um acidente de avião comum, mas existem muitas coisas estranhas ao redor dele,”

“Como o que, por exemplo?”

“Consta na lista de passageiros que tinham 208 passageiros à bordo, mas encontramos somente 47”

“A busca está a que raio dos destroços?”

“Começamos com 50 metros depois aumentamos para 100 e agora já estamos procurando há 200 metros dos destroços e nada, todos os corpos que encontramos estavam no segundo perímetro”

“Hmm, muito estranho” o local do acidente era plano e  com pouca vegetação, ficava há 4 Km da cidade, e a única área realmente arborizada era há mais ou menos 350 metros do avião, na direção da cidade, pelo que ela podia identificar todas as partes do avião estavam ali (pelo menos o bico e a cauda, e muitos pedaços para todos os lados) “Realmente estranho, mas não o suficiente para nos trazer aqui”

“Eu ainda não cheguei na parte mais estranha, venha...”

Ela o Seguiu até uma Van preta que tinha uma mesa montada do lado, sentado no bando do carro com a porta de correr aberta estava um cara com quem Liv nunca tinha trabalhado. Usava Óculos e tinha os olhos mais pretos que já tinha visto, seu cabelo estava bagunçado, mas parecia ser por vontade própria, afinal era muito bom... Sua roupa era moderna e ele nem de longe parecia ser da Scotland Yard. Ele mexia em seu pequeno Netbook e parecia concentrado, quando viu a mulher chegar fechou o computador e se levantou.

“Palmer, esse é o agente Robert Webb, Webb agente Olívia Palmer”

‘Agente?’ pensou Liv, ‘nunca vi ele.’ ...  “Acho que a gente nunca se viu antes”

“Pois é, eu não trabalho em Westminster, eu sou da digamos ‘inteligência’”

“Inteligência?”

“O ‘agente’ Webb é na verdade um Hacker que faz trabalhos para nós secretamente não é nem agente de verdade” falou rápido Buttler “ele está aqui para resolver um probleminha de decodificação da caixa preta do avião, queremos saber o que houve no avião na hora das gravações que eu vou te mostrar.”

“Eu gosto de ser chamado de agente afinal não é todo dia que a gente pode subir a esse nível né? hehehe”

“Tudo rápido pelo visto” falou Liv ignorando o comentário do Hacker, ela estava mesmo ansiosa para ouvir a gravação “Então, onde está a gravação?”

“Webb, cadê o notebook com a gravação?”

“Aqui está” ele pegou um notebook e entregou a Buttler fazendo um sorrisinho misterioso para Liv “Macaabroo hehehe”

Ela pegou o notebook e colocou em uma mesinha que estava montada do lado do carro

“Só é dar play aí gata”

“Eu sei o que fazer, obrigado.” Olívia não tinha ideia do que estava pra escutar, mas sem dúvidas era estranho:

No início era só estática de repente a voz do piloto saiu muito alta não parecia muito nervoso mas notava-se uma Tensão na sua Voz

“Controle, esse é o Boeing 787-223ER, registro N334AA Voo 140 em direção à Londres Cambio”

“Controle na escuta, Cambio”

“Tivemos um acidente nesse momento no avião, um homem parece ter desmaiado por causa da altitude, está sendo cuidado pelos comissários, Cambio”

“Ok, iremos preparar auxílio médico no seu pouso, Cambio”

“Ok, Cambio Desligo”

Mais estática... “isso que vem agora aconteceu 5 minutos depois” disse Buttler olhando Fixo para Liv

“Controle, esse é o Boeing 787-223ER, registro N334AA voo 140 em direção à Londres, Cambio”

“Controle na escuta, Câmbio”

“O Homem não desmaiou, recebi informações da minha aeromoça que ele está morto, Cambio”

“Morto? Repita, Cambio”

“Sim ele está morto, meu comissário está tentando reanima-lo agora, Cambio”

“ok, temos o nome do passageiro? Cambio”

“Ainda não sei, espere, alguém quer falar  comigo aguarde, Cambio”

“Ok, Cambio”

Estática. A Agente olhou para  o rosto de Webb, aquele sorriso sombrio ainda estava na sua face, de repente a voz do piloto voltou.

“Recebi uma informação estranha da minha aeromoça, Controle, Controle você está aí? Cambio” agora ele parecia nervoso.

“Na escuta N334AA o que houve? Cambio”.

“Minha Aeromoça falou que o homem acordou e está atacando o meu comissário mordendo-o no pescoço, nas palavras dela ele está o comendo, Cambio”

“N334AA, você está dizendo que tem um homem morto, acordou e está comendo o pescoço de outro no seu avião? Cambio” Liv não gostou do tom do controlador, parecia sarcástico enquanto o piloto estava muito apreensivo, ela olhou para Buttler que ainda a olhava Fixo,

“Eu ainda não posso dizer o que houve com certeza, o Copiloto Leandro irá ver o que aconteceu, Cambio”

“Ok então N334AA, qualquer novidade nos contate, Cambio”

“Ok Controle, Cambio Desligo”

Estática... “Houve mais 7 minutos de silêncio” falou Webb.

“Controle aqui é N334AA Voo 140 responda, Cambio”

“Controle, fale N334AA, Cambio”

“Houve tiros no meu avião, algum passageiro tinha uma arma e matou o homem que mordeu meu comissário, Cambio”

“O que seu Copiloto viu lá? Cambio”

“Ele ainda não voltou, está vendo a gravidade dos ferimentos dos funcionários e passageiros machucados, eu já dei um comunicado dizendo que é para sentarem e afivelarem o cinto que pousaremos em meia hora, Cambio”

“Ok N334AA, qualquer novidade chame”

Ok, espera, o Mike Voltou, aguarde, Cambio”

“Positivo, Cambio”

Estática...

“Mike falou que um dos passageiros atacou ele e os comissários...” de repente a voz mudou, com certeza era Mike que estava muito nervoso e gritando, quase perdendo o controle também, se é que já não tinha perdido.

“ELE SURTOU... ME ATACOU E MAIS DUAS AEROMOÇAS QUE ESTAVAM CUIDANDO DELE, MORDEU O BRAÇO DE UMA E ME ARRANHOU... ELE ESTÁ LOUCO”

“N334AA, Piloto E Copiloto, mantenham o controle e se encaminhem para o pouso, baixem a altitude para 7000 pés, Cambio”

“Ok, irei fazer isso, Cambio” respondeu o piloto.

“Qualquer problema nos comunique, Cambio”

“Cambio desligo”

Estática...

“É isso.” Disse de repente Buttler se virando e pegando o celular.

“Só isso? o piloto não falou mais nada?”

“Não, depois disso o avião caiu” Disse Webb “resta saber quanto tempo depois e o que pode ter acontecido com os corpos restantes”

Liv não sabia o que pensar, estava tudo muito estranho naquela gravação, um homem morto que não está morto, pessoas enlouquecendo e atacando passageiros e funcionários, parecia mesmo um ataque terrorista, e ela estava cada vez mais curiosa quanto a tudo isso

‘O que Diabos aconteceu nesse Voo?’


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Aquele caso estava intrigante e Olívia queria ir ao fundo daquilo, começou a andar pela área, as árvores faziam um circulo gigante na área onde o avião caíra, mas bem onde estava o Boeing mal as tinha, ela se encaminhou para os destroços, queria saber como ele chegou ao solo, o vento gelado tocava seu rosto muito branco e faziam seus cabelos pretos esvoaçarem, ela cruzou os braços para se esquentar e chegou ao avião ou o que deveria ser, havia partes do 787 em todos os cantos, um rastro que parecia ter sido deixado por uma minhoca gigante se estendia há pelo menos 400 metros atrás do avião

“Esse avião não caiu de bico” sussurrou a agente “então, o piloto estava vivo quando caiu, o que houve?”

“Ele não estava vivo Palmer” a voz gelada como o vento londrino entrou em seus ouvidos como uma serra e Liv teve um sobressalto, “Assustada Palmer?”

Cox, esse homem parecia gostar muito do sobrenome de Olívia, sempre que podia colocava no fim de uma frase. Seu rosto totalmente liso assim como sua cabeça dava sempre a impressão de um homem com câncer terminal para ela, mas era somente na aparência, afinal, Patrick Cox parecia um touro de tão forte. Como diretor, tinha permissão para usar a roupa que bem entendesse, o que a mulher invejava imensamente, mas suas roupas sempre eram no “estilo Scotland Yard” de ser, ela pensava que depois de tantos anos ele tinha perdido o gosto para roupas, ou talvez fosse sempre assim mesmo. Ele continuou falando:

“Você escutou a gravação da conversa com o controlador?”

“Sim, Senhor”

“Entendeu alguma coisa Palmer?” perguntou ele levantando a sobrancelha.

“Não, Senhor, é uma das coisas mais estranhas que eu já ouvi na vida”

“E você já ouviu algo mais estranho que aquilo Palmer?”

‘Sua Voz’...  “Não, Senhor, tem razão, essa é a mais estranha. O Senhor me disse que o piloto estava morto quando bateu, como pode ter tanta certeza?”

“O nosso amiguinho Hacker ali deu essa informação para nós ao decodificar os últimos 5 minutos de voo, que era exatamente o que nós queríamos saber”

“E o que vocês encontraram”

“Esse avião é um dos mais modernos Boeing que existe, ele tem um sistema de Aviónica que ativa o piloto automático sozinho ao menor sinal de falha humana, ao que parece, o Piloto morreu durante o voo e o avião ficou praticamente na vertical, o piloto automático foi ativado, e o avião começou a ficar reto de novo, mas já era tarde, ele bateu no solo e veio se despedaçando até aqui”

“E não explodiu?”

“Não, o 787 usa menos combustível que os demais, e essa viagem estava no fim, ou seja, o que tinha de combustível não foi o suficiente para explodir consideravelmente quando a asa foi arrancada, parece que não fez o dever de casa Palmer”

Ela não deu ouvidos, estava concentrada no avião, onde estariam os outros 161 passageiros?

Pensava nisso quando um grito ecoou pela Área. Jornalistas, que estavam na beira da estrada que passava à leste do local uns 300 metros dali, se viraram ao mesmo tempo para o grito que vinha do norte. Olívia olhou para Cox e começou a correr, ao chegar na fonte do barulho, viu a coisa mais estranha que jamais vira na vida, uma criaturinha, parecia um bebê, se arrastava no chão, com muita dificuldade, tinha apenas um braço e fazia um grunhido estranho, furioso olhando para as pessoas ao redor, seu rosto estava metade sem pele, do mesmo lado faltava um olho, nada bonito de se ver

“Ele me mordeu” falou o homem que gritou, seu braço estava muito ensanguentado e parecia ter perdido um bom pedaço de carne.

“Não precisava desse escândalo todo seu mulherzinha”

Os policiais faziam um circulo ao redor do Bebê e os jornalistas avançavam rápido para registrar o que acontecia, junto deles vinham parentes que  estavam na estrada também.

“Tire-os daqui!! Tire Todos daqui!! Não deixem que filmem!!” Cox estava mais furioso do que nunca, mas estava falando baixo como sempre, talvez para não chamar a atenção.

“O QUE ACONTECEU?” gritou uma mulher que deveria ser parente de alguém do avião

“Senhora se acalme, não foi nada, nosso policial se machucou, apenas isso, retorne à estrada por favor”

Os policiais seguravam os civis e os mandava de volta para trás da faixa de isolamento.

“O que é isso de verdade?” perguntou um policial colocando a mão perto do bebê.

“Tire a mão de perto disso” rugiu Cox sem mudar muito o Tom da voz. Mas era tarde, o bebê mordeu seu dedo e ele quase gritou, mas se controlou

“Droga, que bicho bravo!”

“Vamos tira-los daqui e leva-lo para um lugar diferente, vocês dois vão para um a ambulância e vejam esses ferimentos” falou Cox “e o resto, vamos continuar procurando.” O Diretor não parecia nem ao menos intrigado com o que estava acontecendo. Liv por outro lado ficava cada vez mais curiosa e assustada também olhava para o norte vendo muitas árvores a 50 metros dela, não acreditava no que tinha visto ali.



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Olívia se afastou do lugar onde o bebê tinha aparecido, um carro havia estacionado do lado e iriam levar aquilo para o centro de pesquisas, para ser cuidado e estudado.
‘Que coisa estranha, como um bebê sobreviveria a uma queda dessas? E como ficaria nesse estado?’
Cada vez mais intrigada ela foi andando em direção ao carro preto onde Webb já estava de novo.
“Zumbi” foi a primeira coisa que ele falou quando ela chegou perto dele
“O que?” ela se virou para ele.
“Não é óbvio? Esse era um zumbi, esse bebê”.
“Não. Não é nem um, pouco óbvio, isso é ficção, não existe coisas assim”.
“Parece que agora existe.”
“Certo seu espertinho, e como seria possível?”
“Não sei, talvez um vírus recém-criado ou descoberto”
“Idéia muito besta essa sua agente
“E como esse Bebê sobreviveu? E onde estão os outros do avião?”
“Ele pode ter tido sorte, os outros devem estar espalhados pela área, ou até mesmo por aquele mato ali” falou Liv apontando para um lugar onde o mato era mais alto, por um momento achou ter visto um movimento no meio. Quando voltou do devaneio o Webb já fazia outra pergunta:
“E o comportamento dele? Mordendo as pessoas, se aquilo for mesmo um zumbi os homens mordidos podem se transformar em um deles”
“É a maior bobagem que eu já ouvi” falou a agente olhando ainda para o mato alto que ficava do lado oposto do ataque do bebê, ao sul. “Você está vendo muita Ficção Webb”
“O que você está olhando? O que tem ali?”
“Nada, nada demais, pensei ter visto um movimento”
“Macaabro” agora ele estava novamente sarcástico
Ela voltou o olhar para ele e então para Cox que estava além do lugar onde o bebê fora encontrado, mais próximo das árvores. Voltou o olhar para o mato de novo e começou a andar em direção ao lugar, de repente um grito chamou sua atenção, era Cox, depois vieram mais gritos de todos os lados policiais corriam para o chefe que estava no mínimo há 200 metros de todos, Olívia começou a correr de novo, Webb veio logo atrás dela e de perto da estrada Buttler já se deslocava para lá, Cox jamais teria gritado desse jeito, todos olharam pra ele que estava em uma área onde o mato chegava no joelho, então atrás dele apareceram várias pessoas iguais ao bebê que Liv tinha acabado de ver, eles pegaram Patrick e o puxaram, ele caiu então os monstros caíram em cima dele, Olívia continuou correndo, ao chegar perto viu o chefe ser devorado gritando loucamente, um Zumbi sem pernas o mordia na panturrilha e provavelmente foi o que o fez gritar, pelo menos 20 zumbis comiam e tentavam comer Cox. Nada mais poderia ser feito por ele. Um dos zumbis olhou para Olívia e começou a avançar, ela puxou sua arma:
“Pare”.
Mas parecia que ele não a ouvia, ela disparou 3 tiros no peito, o homem não parava, então pensou no que Webb tinha dito sobre eles serem zumbis e atirou na cabeça. Ele caiu.
Com o barulho todos os que estavam se alimentando de Cox começaram a vir atrás dela e do resto dos policiais, alguns sacaram suas armas, mas a maioria correu.
“Estou desarmado” gritou um policial ao sair
Olívia sabia o que tinha que fazer “NA CABEÇA!!” e puxou o gatilho, uma mulher que estava na sua mira levou o tiro e caiu para trás, do seu lado direito um policial que era jovem e novo na Yard estava a 20 metros dela e 3 zumbis iam em sua direção, Olívia viu aquilo e gritou
 “ATIRA! NÃO SÃO HUMANOS” o garoto atirou e um caiu mas eles estavam muito perto, apontou para o segundo e atirou, mas no terceiro ele errou e esse caiu em cima dele, todos os outros policiais estavam atirando, restavam ainda 10 zumbis em pé e Liv foi correndo para o garoto, ele lutava para manter a boca do zumbi longe dele então ela apontou e atirou na cabeça do desmorto. Ajudou o garoto a se levantar e se virou para os zumbis restantes, tinham apenas 2 e ela viu eles caindo, pessoas tentavam passar pelos policiais para ver o que estava acontecendo, Jornalistas gravavam o que podiam da distancia que estavam.
Olívia olhou o garoto. “Você está bem?”
“Sim, que loucura foi essa?”
“Zumbis pelo visto não é Palmer?” Webb vinha em sua direção. Falava baixo
“Pelo Visto sim né? Não sei como isso pode ser possível”
“Será que a mordida deles é contagiosa?”
“Espera, vocês estão falando em zumbis? Hahahaha estão loucos?”
“É Gênio? E como você explica isso?” falou Webb no seu habitual tom sarcástico.
“Sei lá, eles eram os Passageiros?”
“Pelo visto sim” respondeu Liv
“ERAM 23 PALMER” gritou Buttler que estava examinando os mortos.
“Veja bem Palmer” falou rápido Webb “Se eram zumbis e a mordida deles for infecciosa...”
“Os policiais mordidos irão virar zumbis” Olívia ficou em pânico, correu até a estrada onde deveria estar a ambulância, mas ela não estava lá
“Onde está a ambulância?”
“Foi levar os policiais feridos no hospital” respondeu um policial que estava nervoso
“Jerry, que hospital?” ele olhou para ela espantado com o nervosismo dela
“QUE HOSPITAL?”
“KCH, eu acho, saíram faz um tempinho, desde a hora da mordida. O monstrinho também foi para lá, mas em outro carro”
“Fudeu!” Falou Webb
“Vou lá agora!” Ela já corria para seu carro
“Vou com você”
“Eu também” falou o novato indo em direção a ela. “Aliás meu nome é Morgan, Morgan Baker”
“Olívia Palmer”
“Robert Webb”
Eles entraram no carro e colocaram o cinto, o KCH não era perto e Olívia tinha que correr, ligou o motor passou a marcha e acelerou.
...
Buttler não tinha medo de muita coisa mas aquilo parecia ser demais para ele, aqueles monstros tinham várias partes do corpo faltando, poucos estavam inteiros, e eles não paravam com balas, depois de conta-los ele colocou uma luva e começou a examina-los, seus olhos eram grandes e saltados para fora das orbitas e tinha a aparência branca, ainda pareciam humanos, só que muito feios, ele olhou para trás e viu a agente Palmer um novato e o hacker entrarem no carro dela e irem embora.
‘aonde ela vai?’. As pessoas estavam agitadas e já estava na hora de fazer algum pronunciamento, normalmente Cox os fazia, mas não estava em condições naquele momento. Se levantou e foi em direção dos familiares.
“Fiquem calmos, está tudo sob controle”
“Como assim? Vocês estavam atirando em pessoas saindo da mata” o sotaque da mulher era estranho, com certeza ela não era Inglesa.
“Nós estávamos nos defendendo, aquelas coisas estavam nos atacando”
“O que eram essas coisas?” perguntou a mesma mulher
“ainda não sabemos, teremos mais informações quando chegarem os...” ele estava no meio da frase quando tiros foram disparados, Buttler olhou para trás e 50 daquelas coisas estavam saindo das árvores, os 6 policiais que estavam perto começaram a atirar mas eram muitos.
“VOCÊS VENHAM!!” GRITOU Buttler para os policiais “E TRAGAM AS MALDITAS ARMAS AGORA... VOCÊS CIVIS FIQUEM AÍ NÃO VENHAM”
Correu em direção aos zumbis e já começou a atirar, os policiais que já estavam lá foram cercados e atacados, Buttler e seus 9 homens começaram a atirar, e chamaram a atenção dos mortos, muitos vieram atrás deles, mais do que o agente imaginara. Vinham lentamente mas avançando e nem todos estavam acertando as cabeças, Buttler olhou em volta e não viu mais policiais ou pessoas que tivessem armas, recuou e chamou os outros
“Mas e os outros” falou o Aspirante Mills
“eles não tem mais salvação, nós sim, venham” se virou e começou a correr “CORRAM!!” gritou para os civis.
Os zumbis avançavam mais rapidamente e pegaram os dois mais lentos, uns 5 pararam para come-los, mas ainda tinham 30 indo em direção ao resto do grupo de Buttler, pessoas começavam a entrar nos seus carros e a fugir, o agente-especial foi em direção a seu carro e entrou os zumbis vinham perto, colocou a chave na ignição, um de seus homens bateu no seu vidro, Buttler olhou para ele assustado
“Vai pelo outro lado”
O homem avançou pela frente do carro, mas nesse momento um zumbi caiu por cima dele e atacou seu pescoço como um cão raivoso.
James deu partida e começou a andar, então viu a mulher que fez a ele as perguntas, ela estava para ser atacada por dois monstros, ele avançou com tudo o carro e atropelou os dois
“Entre!”
Ela abriu a porta e entrou no carro
“VAI VAI VAI!”
Ele deu uma olhada para tudo, seus homens tinham morrido na maioria, carros corriam para todos os lados e o local do acidente estava infestado de “sobreviventes” do Voo 140...


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Em toda sua vida o Cabo Wilson Green jamais tinha sentido uma dor daquela, sua cabeça parecia que ia explodir quando entrou no hospital em cima de uma maca. Ele não sabia quanto tempo tinham levado para chegar lá, mas não parecia ter sido muito.

Logo no início seu braço formigava e ficava dormente, ao entrar na ambulância, As dores começaram pra valer em seu braço, a criaturinha que o mordeu, tinha uma mandíbula muito forte para um bebê. O carro começou a se movimentar assim que seu parceiro, Edward Cooper, que foi mordido no dedo sentou-se, ele havia perdido a ponta do dedo indicador direito e parecia estar sofrendo também. Wilson ouviu o enfermeiro falar:

“Preparem duas macas, temos dois policiais com ferimentos que estão infeccionando em um ritmo muito acelerado”

O carro parecia ter chegado na cidade de verdade, e começava a diminuir a velocidade, cada vez que se mexia sua dor aumentava, e não era mais somente o braço, todo seu lado direito do corpo estava ardendo demais e ele estava começando a gemer

“Acelera, por algum motivo a infecção está se espalhando pelo corpo rápido demais” falou o mesmo enfermeiro que ele tinha ouvido antes

“Ok se segura aí que eu vou ligar a sirene e pisar fundo”

O Cabo não aguentava mais, ele sentia a extrema dor irradiando pelo seu corpo, até que chegou na cabeça e todo o corpo aliviou, mas seu cérebro parecia que iria explodir. A partir desse momento nada mais fazia sentido para ele, seus gritos agoniantes se misturavam aos de Edward. O enfermeiro tentava segurar ele enquanto outro prendia seu colega na maca... a sirene não ajudava de forma alguma. De repente ele foi tirado da ambulância e já estava em uma maca entrando no hospital, estava sofrendo demais, os médicos falavam um com o outro mas ele apenas via suas bocas se mexerem, mas o único som que escutava era seus próprios gritos. Tudo já estava insuportável demais, ele só queria que parasse, e de repente a dor parou

...

Em uma carreira de 13 anos no King's College Hospital,  o médico descendente de Tailandeses, Oswald Lee, já tinha vistos pessoas com dor e se queixando muito, mas nunca tinha visto uma pessoa gritar tanto por causa de uma dor na cabeça, ainda mais duas. Seus ferimentos eram no antebraço e dedo, mas por alguma razão se queixavam da região encefálica, os dois estavam na ala de emergência e ainda gritavam demais:

“Pegue 1ml de DIMORF 10mg/ml agora! Duas seringas rápido”

A enfermeira correu e preparou as seringas, passou para o doutor ele injetou no homem que tinha perdido parte do dedo e pegou a outra seringa, o outro paciente estava se mexendo demais e ele mandou os enfermeiros o segurarem. Quando imobilizaram esse o doutor aplicou a morfina no homem, e aguardou, eles continuavam gritando e de repente pararam, Lee abriu um sorriso mas logo o desfez, os homens não tinham parado de gritar porque a dor tinha parado, eles estavam mortos.


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Olívia ia o mais rápido que podia pela Rodovia Norwood... ela fora obrigada a mudar a rota por causa do transito na sua frente, seu carro não tinha sirene o que tornava as coisas mais difíceis

“Você é mesmo policial? Dirige como uma assaltante” brincou Webb

“Haha engraçadinho, nós não temos muito tempo, não sabemos em quanto tempo eles se transformam.”

“Nós sabemos de muita coisa colega, posso chamar de colega não é?”

“O que nós sabemos? E não, nós não somos colegas”

“Ok, ok. Nós sabemos que eles se transformam em pelo menos de 5 minutos depois de mortos, graças a gravação do amigo controlador”

“Verdade, esqueci-me disso... mas em quanto tempo eles morrem?”

“Cox morreu rapidinho” e deu uma risada. Nem mesmo Liv, que não gostava do chefe gostou daquela piada de mal gosto, mas como ela não queria brigar naquele momento, ignorou o hacker.

“Sabe o que me ocorreu agora?” falou ela

“O que?” perguntou Morgan que até aquele momento estava calado no carro

“Nós matamos 23 Zumbis segundo Buttler”

“E daí?”

“Eram 161 passageiros faltando entre os corpos” Falou Webb pensativo

“Exato, e se todos esses 161 viraram mortos-vivos?”

“Eles estariam espalhados por toda área próxima à área do acidente.”

“Talvez indo para todos os lados. Talvez indo para Sutton...”

“Talvez, Próximos do lugar onde ocorreram os tiros...” Falou Morgan

“Nesse caso, se eles são atraídos pelo barulho, é só uma suposição...” Falou Webb “Palmer, quantos homens tinham lá?”

“Não sei, uns 18 policiais no máximo, 10 peritos e muitos civis todos desarmados... AI MEU DEUS!! TEMOS QUE VOLTAR”

“Não bobinha, nós não podemos dar conta de tudo não... se você voltar lá e eles tiverem atacando você e o mini homem aí não podem fazer muito, todos seremos mortos. E eu nem estou afim de morrer hoje, ainda não assisti ‘O Espetacular Homem Aranha’”

“Avisa pelo Rádio para a Central mandar reforços para lá” disse Morgan

“Certo” Ela pegou o rádio “Aqui é a Agente Olívia Palmer nº14102012 preciso que mande todos os reforços possíveis para o lugar do acidente aéreo dessa manhã Cambio”

“Qual o motivo disso agente Palmer? Cambio”

Olívia achou que se dissesse a verdade iria demorar demais discutindo, ela sabia que dizer que zumbis os atacaram era ridículo então omitiu “Fomos atacados, Cambio”

“O que atacou vocês? Cambio”

“Não tenho tempo para discutir... Chame todas as viaturas para o local, quando chegarem lá eles verão contra o que têm que lutar, Diga para todos atirarem nas cabeças, Cambio, Desligo”

“Achou que ela acharia que você é louca se dissesse tudo?” perguntou Webb

“Achei, e quem não pensaria isso?”

“Você acha que ela vai fazer isso?”

“Ela é obrigada, quando um agente pede reforços o reforço vem, se foi alarme falso a responsabilidade é do agente que pediu ajuda”

“Entendi”

“Eu ainda não acredito que existam isso de zumbi” falou Morgan

“E eu não acredito que Elizabeth II ainda está viva... no entanto...” falou Webb e os dois começaram a rir, a essa Olívia não resistiu e soltou um risinho. “Olhem, Senhoras e Senhores, minha COLEGA também ri!!!”

“Ei, eu não sou nenhum tipo de robô ok?” falou ela com um sorriso no rosto, mas de repente o sorriso sumiu, “Ok, estamos quase lá, espero que o Wilson e o Edward ainda não estejam mortos”

Entrou na Rodovia Bessemer e estacionou o carro em uma vaga do Hospital, Webb desceu primeiro do carro.

“Graças a Deus chegamos vivos” falou ele

“Ok agora é sério temos que encontrar eles dentro desses prédios”

O KCH não tinha somente um prédio, na verdade era um complexo de hospitais, eles precisavam saber para onde teriam levado os policiais feridos e o bebê zumbi

“Ali” apontou Baker “É o prédio principal, lá eles tratam emergências”

“Isso” falou Liv começando a atravessar a rua.

Entraram no hospital rápido e na recepção estava a recepcionista com um rosto muito preocupado, A agente foi até ela que mandava as pessoas se acalmarem.

“Você, o que houve aqui?”

“Graças a Deus vocês chegaram seus colegas também enlouqueceram”

“Como assim?” Olívia tinha uma pequena ideia do que estava acontecendo.

“Não te avisaram?” perguntou a recepcionista nervosa

“Não, onde podemos conversar?”

“Aqui venham, ele está com você?” perguntou apontando para Webb

“Infelizmente” falou a mulher, Webb olhou para ela e piscou o olho, ela se virou e acompanhou a recepcionista

“Ok” falou ela entrando em uma sala atrás do balcão, Olívia foi logo atrás e percebeu que seguranças guardavam a porta depois da entrada dela. Ela já sabia o que estava acontecendo ali

“Onde vocês estão mantendo os zumbis?”

“Zumbis? Como assim?”

“Os policiais que chegaram aqui com mordidas, enlouqueceram e atacaram as pessoas não foi?”

“Sim, sim. Então te avisaram...”

“Onde estão? Vocês os mataram?”

“Não, eles estão presos em duas salas”

“São salas fortes? Como estão seladas?”

“São somente consultórios comuns”

“O que Houve?”

“Os policiais que chegaram aqui com dor de cabeça morreram minutos depois, quando a enfermeira foi colocar o pano sobre os mortos eles acordaram e a atacaram, morderam ela, o Médico responsável foi segurar os pacientes e eles foram atrás dele, dois enfermeiros seguraram o monstro mas o outro se levantou e atacou um pelas costas, o doutor e mais dois saíram, seguraram as portas. Tudo foi gravado”

“E depois?” perguntou Liv angustiada o doutor Lee deixou as duas pessoas segurando a porta e foi pedir ajuda dos seguranças, mas os enfermeiros não conseguiram, a porta se abriu e eles dois foram atacados, em 5 minutos que Lee voltou com ajuda os 4 enfermeiros já estavam se comportando como loucos também, os seguranças bateram nos monstros e eles não morriam, saíram todos arranhados mas não mataram eles, o doutor teve a idéia de coloca-los em uma sala e deixa-los lá, os seguranças colocaram eles lá com cuidado para não serem mordidos, porque o doutor deduziu que isso era contagioso...”

“Mas todos arranhados?” Perguntou Webb

“Sim, eles lutaram com os monstros”

“Quantos ficaram arranhados?”

“6 homens que...”

“...Viraram monstros também” completou Webb

“Sim... como você sabia?”

“Meu Deus, Obrigado por permitir que eu jogasse Resident Evil, assistisse The Walking Dead, Madrugada dos Mortos e todas essas coisas que todos diziam ser bobagem” falou o Hacker olhando para o céu

“Onde estão esses 6?” perguntou Liv

“Na sala dos médicos, junto com outros 3 médicos que também foram mordidos e ainda tem 4 policiais que foram infectados e estão soltos pelo hospital, provavelmente nos banheiros, nós não conseguimos vê-los  nos monitores”

“Eu vou lá e mato um por um.”

“E salva a cidade de Townsville mais uma vez? Sem chace que você vai lá sozinha, se eles abriram a porta com duas pessoas segurando a essa hora já devem ter arrombado a porta das salas e estão pelo hospital, onde estão as outras pessoas vivas?

“A maioria fugiu, 4 seguranças estão na porta como vocês viram e o doutor Lee está no prédio da frente para pegar amostras do pequeno monstro que trouxeram para cá, o diretor e mais 7 pessoas estão na sala dele com medo de passar pela sala dos monstros, eles podem sair a qualquer momento, e tem eu que fiquei porque chamei a policia, 4 chegaram e ao entrar na sala foram arranhados, ainda não sabíamos que arranhado também era contagioso, eles estavam andando pelo hospital e morreram e depois voltaram então ninguém quis tentar segura-los”

A mulher contava a história em partes, o que deixava Olívia muito irritada, ela já tinha perdido a conta dos mortos- vivos “Quantos são então?”

“19 pelas minhas contas”

“Temos que mata-los” falou Baker

“Só vocês dois não dá, se eles vêm atrás do barulho, com dois tiros vocês estão cercados.” Falou Webb

De repente um homem careca com uma barbicha castanha e olhos um pouco puxados, entrou na sala rapidamente e fechou a porta, parecia aterrorizado e estava muito ofegante, olhou para todos na sala e começou a falar, Olívia não entendeu muita coisa, somente algumas palavras que já diziam tudo

“Aqui... fora... laboratório... mortos... monstros... todos”

“Como?” perguntou a recepcionista gordinha.

O homem se acalmou respirou fundo e falou:

“Aqui fora estão os monstros e no laboratório também está infestado, a criaturinha mordeu as pessoas que vinham com ele no carro e também várias pessoas do hospital, tem pelo menos 50 lá... pelo que eu vi. Fora os pacientes meu deus do céu”

“Ele fez esse trabalho todo?” perguntou Webb

“Um dos homens estava arranhado e falou pra mim que ele era muito forte e todos que tocavam nele eram arranhados ou mordidos!”

“Fora que os pacientes que estavam internados podem ter sido atacados já e se transformaram” falou Liv

“E agora?” falou a recepcionista em pânico “Aqui está cheio de pacientes!”

“Shhh... eles são atraídos pelo barulho” falou o doutor

“É mesmo gênio?” falou sarcasticamente Webb “E como você descobriu isso? Gritou quando saiu do laboratório?”

“Mais ou menos”

“Quantos tem aqui fora?” perguntou Liv

“Uns 8, estão comendo os guardas”

“O que??” Agora o pânico tinha tomado conta da recepcionista totalmente “O Carl estava lá”

“Ele morreu Beth” falou Lee pesaroso

“NÃÃO!”

“Calada” falou Liv com raiva. “Nós podemos sair daqui e chamar reforços. Se esse grito não atraiu eles para a porta nós podemos sair sem atirar e atraí-los para a rua. Você pode ligar para as pessoas na sala do diretor e dizer para eles nos aguardar?”

A mulher estava paralisada, o doutor então falou:

“Eu ligo, cadê o telefone?” pegou o telefone em cima da mesa e discou o número

Liv só naquela hora percebeu que a sala era muito pequena e se os zumbis entrassem pela porta eles estariam em uma enrascada.

“Diretor?” falou Lee “Sim, a polícia chegou mas o prédio está tomado deles, veja bem, os policiais que estão aqui vão pedir reforços e vocês precisam ficar aí nessa sala... não... não saia... é muito perigoso... como assim?... ele estava infectado?... mas arranhão também transforma...  nós descobrimos isso faz tempo... ela deve ter esquecido... tire ele daí agora... Diretor? Diretor! Diretoor!!”

O doutor passou o telefone para Liv, ela colocou no ouvido e ouviu gritos das pessoas e também grunhidos

“Alô” falou ela “Diretor!” mas ninguém atendia. Ela colocou o telefone no gancho. “King's College Hospital caiu... É Tarde demais”


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Milagres Existem!! Sim agora eu sei, sei porque eu tinha tudo para morrer, no entanto estou vivo.

Não me lembro de muitos detalhes, estava amanhecendo quando eu acordei, o cheiro de querosene queimava minhas narinas, levantei minha cabeça e lá estavam, centenas deles, como eu eles também sobreviveram... Aqueles malditos zumbis! Como eu estava desacordado não fiz movimentos que atraísse eles e o cheiro de querosene disfarçava o meu eu acho, a queda do avião repassava na minha mente várias vezes, meu corpo flutuando, desmortos passando por mim também flutuando e então o avião começou a ficar mais plano e eu toquei no chão, fiquei aliviado por um segundo, e um segundo apenas, logo depois um grande impacto do lado esquerdo do avião me jogou para cima, bati com a cabeça no teto e desmaiei, agora o avião estava partido na metade e eu há uns 50 metros dele, os monstros estavam por todos os lados e logo eles me achariam ali, reuni todas as forças que eu poderia e me levantei, olhei para todos os lados, não fazia ideia de onde estava, mas só podia ser na Inglaterra, o piloto estava anunciando que já iriamos pousar, tentei pensar, se eu estivesse na Inglaterra estaria ao sul de Londres, meu voo vinha do sul, tentei me localizar, a geografia sempre me pareceu bobagem mas naquele momento me salvou, olhei para o céu e graças a deus o sol já estava nascendo, aquele lado era o leste, me virei então para o norte e comecei a andar, calculei que deviam ser entre 4 e 5 da manhã, a minha frente tinha uma grande quantidade de árvores e eu estava me encaminhando para ela, de inicio os zumbis não me perceberam, afinal eu estava parecendo um deles andando, estava acabado e com fome, também tinha sede, minha garganta estava tão seca que se eu dependesse de falar para ficar vivo estaria ferrado, um dos mortos-vivos me viu e veio atrás de mim... The Walking Dead estava certo mais uma vez, quando os outros viram aquele vindo na minha direção com mais determinação começaram a segui-lo mesmo sem saber o que ele estava perseguindo, quando dei conta mais de 50 já vinham atrás de mim e mais vinham se juntando ao grupo, só me faltava essa, estava sendo seguido por uma manada, no meio de um lugar que não conhecia e me encaminhando para um lugar que eu estava supondo ser o correto, cheguei as arvores e olhei para trás, agora era oficial, TODOS estavam vindo atrás de mim e eu estava acabado, se eles não desistissem eu não conseguiria... continuei correndo e tive uma ideia para despista-los, comecei a correr com o pouco de força que me restava e de repente mudei de direção o mais silenciosamente que eu podia, se eles seguissem o cheiro como cachorros eu estava ferrado, mas eu imaginava que eles fossem burros o suficiente para seguir reto, imaginei que se sentissem cheiro seria apenas quando estivesse perto de alguém, eu estava certo graças a Deus... olhei para eles de trás de uma moita e eles continuavam seguindo em frente. Meu problema passou a ser outro, A exaustão... Parecia que eu tinha corrido uma maratona e parei de perceber para onde estava indo, notei que não estava mais indo para o norte, corrigi meu curso e continuei andando, cheguei a uma estrada e comecei a segui-la, ele tinha que dar em algum lugar, estava certo, logo após uma pequena ponte tinha três pequenas casas, avancei até uma delas e bati na porta, ninguém respondeu, bati mais uma vez e nada... os donos deveriam ter saído, fui até a casa vizinha, nessa eu dei sorte, uma mulher abriu a porta e viu meu estado, me carregou para dentro e me colocou no sofá

“Qual o seu nome?” perguntou ela obviamente em inglês

“Diego” respondi com uma voz rouca que nem eu reconhecera, ela perguntou se eu estava com sede e eu balancei a cabeça, a senhora pegou um copo d’água pra mim e eu bebi avidamente, logo depois caí pro lado e desmaiei.


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Olívia colocou o telefone no gancho e olhou para os outros, precisavam sair dali, mas não sabia nem como estava a situação fora daquela pequena sala, precisava de um plano.

“Doutor” ele estava verificando o pulso da recepcionista, se virou para ela.

“Sim?”

“Como está logo aqui fora? Os zumbis o seguiram até aqui nesse prédio?”

“Acredito que não, saí do prédio rápido e entrei aqui, os seguranças estavam mortos e 8 desses monstros estavam os atacando.”

“Você não viu se estava sendo seguido?”

“Claro que olhei, mas só quando estava para entrar”

“É muito simples saber se eles estão na recepção” falou Webb, caminhou até a porta e abriu devagar, deu uma olhada fora e virou pra dentro “É, acho que precisaremos jogar uma isca para eles, o almoço acabou” falou ele rindo.

A recepcionista ficou ainda mais chocada, e Liv pensava que não era mais possível, andou até o Webb puxou-o para o canto e sussurrou.

“Você não para de brincar nenhuma hora?”

“Só quando estou com fome, ah... e excitado, você poderia me fazer parar kkkkkk”

“Idiota... sou casada”

“Quem liga pra isso em um apocalipse zumbi? Você já assistiu The Walking Dead? Seja minha Lori que eu sou seu Shane kkkkkkk”

Olívia não conseguia conversar com ele, era muito infantil. Foi até a porta para ver ela mesma, la fora tinham 6 zumbis em pé andando para um lado e o outro, ela poderia dar conta disso.

“Vamos, eu e o Morgan damos conta dos que estão aqui fora, só estou vendo 6.”

“Dá pra gente”

“Então vamos, Doutor Lee, Beth... e .. Webb”

“Por último mas não menos importante” brincou o homem

“Sigam me, quando a gente abrir a porta eu irei atirar no que está mais perto da saída, vocês correm para a entrada com o Morgan e vão até o meu carro, eu vou logo atrás dando cobertura certo?”

“Certo, vamos lá” falou Morgan que parecia bastante excitado com a ideia.

Liv abriu a porta lentamente, olhou se não tinha nenhum logo na frente da porta ou dos lados, então saiu abaixada, se levantou e atirou no mais próximo da porta, os outros saíram da saleta e correram para a porta, um zumbi que também estava próximo à porta foi para cima de Baker que deu um tiro certeiro na testa do morto-vivo.

Estavam quase fora do hospital, aceleraram o passo, a porta se abriu então eles pararam.

Do lado de fora do Hospital estava cheio de desmortos, da porta da clínica da frente tinham mais e alguns carros estavam parados com a porta aberta e ninguém dentro.

“Muito boa Doutor” falou Webb “Você atraiu eles para fora e eles se espalharam.”

Um tiro atrás deles os impulsionou para frente, o barulho estava atraindo todos, Morgan atirou nos que vinham da esquerda e saiu correndo pela calçada, Olívia aproveitou que a maioria foi atrás deles e foi em direção ao carro atirando em todos pela frente e em alguns que estavam os seguindo alcançou o seu carro e entrou, deu a partida e correu na direção dos outros.

Morgan ia atrás dos outros atirando para trás, pessoas curiosas estavam no fim da rua olhando e começaram a correr ao ver aquilo, Olívia tinha dado a volta pelo estacionamento e saindo pelo outro lado, e parou longe do grupo para eles ganharem uma distancia segura. Todos alcançaram o carro, Webb entrou na frente, os outros entraram atrás, mas Beth tinha visto algo que chamou sua atenção.

“ENTRA RÁPIDO” gritou Baker

“O que você está fazendo?” perguntou Lee

“Beth, entra nesse carro agora!” Liv quis parecer calma, mas estava em pânico

Beth tinha visto aquele homem que ela via todos os dias, com o corpo malhado e o sorriso mais branco que ela já tinha visto tinha ganhado seu coração no primeiro dia de trabalho dele, ele nunca tinha dado bola para ela e a recepcionista só soube seu nome pela sua ficha

“Carl” Sussurrou ela, já tinha parado de ouvir os outros, estava arrasada, seu corpo negro estava todo mordido e seus olhos castanhos eram esbranquiçados agora

“Palmer. saia daqui” falou Webb

“Não podemos deixar ela!” Os zumbis estavam a 3 metros da gordinha ruiva, Olívia viu um zumbi negro e alto pega-la pelo braço e morde-la

“É, agora podemos!! Vamos nessa” falou Webb.

“Agora sou só sua Carl” sussurrou Beth sendo comida pelo zumbi

“Ela enlouqueceu, vamos Olívia” falou Baker

Ela deu meia volta e acelerou para a Denmark Hill, passou pelos mortos sem desviar dos que estavam na frente, chegou ao final da Bessemer muito rápido e entrou na avenida, Olívia estava muito nervosa, pela morte da Beth, por tudo que estava acontecendo, e não percebeu que um carro vinha ao seu encontro.

“OLÍVIA CUIDADO!!” gritou Morgan, olhando para a esquerda, ela virou a cabeça bem a tempo de ver o Fiat Punto vindo na direção do seu Honda Jazz, A batida foi forte, mas não tanto, o Punto tinha freado em cima da hora o que salvou Webb, mas não o livrou, o Hacker caiu no colo de Liv desacordado, com toda aquela loucura ninguém tinha colocado o cinto de segurança. Durou 5 segundos para a agente processar o que tinha havido, olhou para tras e viu o doutor que estava do lado da batida olhando para ela assustado e o Morgan com cara de pânico mesmo!

“Webb acorda, acorda!!” falou ela dando tapas no rosto do homem. Ele começou a se mexer e pessoas que estavam na parada de ônibus do outro lado se aproximavam

“SAIAM DAQUI!! SAIAM” gritava Liv, logo saíriam zumbis da Bessemer e ali a mesa estava posta.

“Cadê o rádio?” sussurrou ela procurando embaixo o comunicador, pegou-o e apertou o botão “Aqui é Olívia Palmer 14102012 Central está na escuta? Câmbio” olhou para Webb no seu colo “ACORDA WEBB!!! Vocês dois saiam do carro e mande todos saírem daqui!”

O Dono do Punto estava batendo no vidro falando com Olívia algo, estava muito furioso, ela então ouviu a resposta da Yard

“Palmer aqui é a central, onde você se encontra? Cambio”

“Na Denmark Hill, em frente ao KCH, Cambio”

“Nossos homens estão atacando criaturas que mordem na área que você mandou eles irem e você não estava lá, Cambio”

“Não tenho muito tempo para falar... Olha, o KCH está cheio desses monstros e não tenho reforços!! Me envolvi em um acidente, e agora pessoas podem se machucar aqui. Mande quem puder para cá, Cambio”

“SAIAM DAQUI!! VOCÊS NÃO ENTENDEM?” gritava Baker

“Ok, Palmer mandarei quem puder, parece que estamos sendo massacrados no local do acidente. O que são essas coisas?”

“Zumbis!! E se ele te morde ou arranha você se transforma em um deles!! Espalhe essa notícia para todos! E diga para eles atirarem na cabeça! Você já falou com Buttler?”

“Ele está aqui em Yard”

Os zumbis chegavam ao fim da Bessemer nesse momento, as pessoas estavam aglomeradas em torno do carro, o dono do Punto discutia com o doutor Lee que o mandava correr dali, e Morgan insistia mandando todos saírem de la

“Estamos indo para a central, Cambio”

“Ok, Cambio”

“Mas mande reforço... a A215 vai virar um inferno! Precisamos de um plano. Cambio”

“Nós não podemos sair daqui” falou Webb olhando para ela com um risinho, deitado no colo dela

“Levanta, o que faremos?”

“Ficamos aqui e matamos quantos pudermos” esperando reforços... e nos escondendo”

“Ok...” ela pegou o Rádio “Vamos ficar... mande reforços!! Cambio”

“Ok, Cambio desligo”

Webb se levantou e logo tomou um susto... Três tiros fez com que as pessoas começassem a correr e os zumbis saindo da Bessemer também... Começou muito caos e Liv saiu do carro Webb se recuperou do susto e saiu também. O dono do Punto gritava

“QUE PORRAS SÃO ESSAS??”

“SAIA DAQUI!!” gritou Baker que já estava vermelho de raiva.

Os zumbis atravessaram a rua e Olívia apontou a arma, começou a atirar, o Morgan a acompanhou enquanto Webb gritava

“PRECISO DE UMA ARMA!!”

“TENTA MATAR OS ZUMBIS DE RIR, ENGRAÇADINHO!!” Gritou Liv

“É SÉRIO!”

“PEGA NO PORTA LUVAS!!!”

Webb entrou no carro e abriu o porta luvas, pegou a pistola dentro e dois pentes de balas, saiu e começou a atirar, vinham muitos e eles estavam sendo obrigados a recuar as pessoas entravam em lojas desesperadas e os zumbis avançavam, Baker recarregou a arma e continuou atirando

“Quando vem o reforço?”

“Não sei” respondeu Liv “Tem homens combatendo no local do acidente também!”

“Fudeu! São Muitos, os pacientes estão todos virando zumbis!! Quantos estão lá dentro?”

“Quase de 500, pelo menos no principal!” respondeu Lee

“O que a gente estava?” Perguntou Liv. O doutor balançou a cabeça. “Não vamos conseguir!”

“É... entrem na loja!!” falou Webb recarregando a arma

A porta estava fechada. As pessoas tinham medo de abrir e ficaram dentro sem se movimentar. Liv ficou desesperada e começou a correr para sua Direita. Um Ônibus que vinha daquele lado parou e as pessoas desceram sem saber o que era aquilo, quando perceberam era tarde demais.

“CORRAM!” gritou Liv

Mas os mortos a pegavam os que estavam fora do ônibus e entravam no veículo. Pelo visto o Almoço estava posto na Denmark Hill


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‘Onde estou?’ Foi a primeira coisa que me perguntei quando acordei, o quarto verde estava claro, não demorei muito para notar que estava em um hospital, não tinha ideia de como tinha parado ali, talvez a mulher tivesse me trazido, enfim, eu estava com fome e muita dor na costela, decidi chamar a enfermeira, havia um botão ao lado da cama e eu apertei, Eu precisava comer algo e então contar sobre os Mortos-Vivos.

Ninguém veio atender o meu chamado, apertei novamente o botão, depois de 2 minutos, nada. decidi sair e ver o que estava acontecendo. Afinal eu sabia que se eu apertasse o botão em no máximo 30 segundos uma enfermeira deveria estar do lado da minha cama.

Saí da cama com dificuldade, parecia que agora que tinha descansado a dor tinha aparecido, era como se algo me furasse por dentro, e caminhei até a porta, ninguém estava nos corredores, andei até outro quarto, um paciente estava dormindo, ou em coma, sei lá. Continuei até o fim do corredor que dava em uma escada à esquerda o elevador à frente e uma porta à direita onde se lia “Somente Pessoal Autorizado”

‘Aqui deve ter alguém’ pensei empurrando a porta. ‘Ahhhh não!! Só pode ser brincadeira’ Na minha frente não tinha humanos, tinha os malditos zumbis, eles andavam para um lado e para o outro como retardados, dois que estavam próximos a porta vieram na minha direção, fechei a porta mais forte do que pretendia, o que fez um barulho muito alto, a porta abria para dentro da sala então eles não conseguiam abri-la pensava eu, o que eu não tinha pensado era que todos empurrando a porta poderia derruba-la, e isso estava quase acontecendo, era a hora de sair dali, eu não estava mais tão exausto. Agora tinha um pouco mais de energia.

Parecia que desde que aquele homem tinha mordido o pescoço do comissário eu somente corria, pensei que quando acabasse e se sobrevivesse poderia competir com o Usain Bolt... tudo isso passou pela minha mente em um segundo e eu dei uma risadinha, como eu sou idiota, prestes a morrer devorado, sentindo dores e ainda por cima  rindo comigo mesmo. Me escondi no meu quarto e fechei a porta, se eu desse sorte os desmortos não entrariam... Fiquei  20 minutos ali dentro, eu estava imaginando que deveria ter uma arma, procurai algo e só achei um penico de ferro, era resistente mas nem a pau eu seria visto em um apocalipse zumbi correndo com um penico na mão, sério. Procurei mais um pouco e não encontrei nada, o penico parecia ser forte, não daria para arrancar uma cabeça com uma pancada mas já era alguma coisa.

‘Bom, ou é isso ou a morte’ pensei. Peguei o penico e fui até a porta, ficar ali encurralado seria muita burrice comecei a abrir a porta quando ouvi um tiro.

Ele vinha de dentro do prédio, parecia que a policia tinha chegado, e não tinham muitos ali, eles conseguiriam me achar, abri a porta lentamente, outro tiro, olhei para a esquerda e vi 3 deles perto da escada, bem na porta do elevador

‘Desgraçados’ com meu penico eu não passaria ali, mais um tiro, e de repente os zumbis desceram as escadas, os tiros agora eram fora do prédio, fui até a janela e vi um mar de desmortos! Eram mais de 50 espalhados pela rua e mais vinham saindo do prédio da frente, entre os mortos 4 vivos corriam, um estava de jaleco e um armado.

‘Pelo visto não é o resgate, esses aí estão piores que eu’ então saiu mais uma do prédio de onde eu estava, ela tinha o cabelo Loiro e atirava certeiramente na cabeça dos zumbis, sabia o que estava fazendo, avançou entre os zumbis aproveitando que a maioria ia atrás dos outros 4, entrou em um carro e deu a partida, um barulho chamou minha atenção, e vinha de trás, me virei e 2 zumbis vinham atrás de mim, rapidamente levantei o penico e acertei a cabeça de um deles com toda força que eu tinha, ele caiu mas não morreu, acertei o outro que caiu também. A dor estava aumentando e aquele movimento não ajudou, meu lado esquerdo estava acordando, antes eu devia estar sob o efeito de remédios.

Olhei para trás e o carro da loira estava parado e uma das mulheres que estavam correndo estava parada esperando ser comida, um dos zumbis a pegou e começou a come-la.

‘Louca’ pensei. Logo depois o carro avançou indo para minha direita, ia rápido e atropelando vários zumbis no caminho, os zumbis começaram a se levantar e eu achei melhor sair dali, não poderia mais contar com aquele povo, corri até as escadas, quando de dentro dos quartos começaram a sair mais monstros daqueles, pelo visto os pacientes eram as vítimas mais fáceis que poderiam existir e dei graças a Deus por ter escapado de novo daquilo. Minha dor aumentava.

Eles saíam dos quartos e eu corria entre eles, aquele vestido de hospital não ajudava, se um deles me arranhasse já era, e aquilo que eu estava vestindo não tinha mangas. Cheguei ao fim do corredor e olhei para a escada, mais mortos, chamei o elevador mas poderia demorar demais os zumbis estavam vindo, desci três degraus da escada acertei o penico na cabeça de um zumbi com tanta força que a vibração do impacto passou por todo meu braço, o zumbi caiu, esse com certeza estava morto, a cabeça tinha aberto, eu tinha acertado bem no meio, onde tem uma área muito sensível, eu não sei o nome, o outro zumbi acertei na têmpora, me  liguei que é a parte mais vulnerável do corpo, minha arma era resistente, mas não indestrutível, estava amassada em vários cantos, logo não poderia mais usa-la.

Desci um lance de escadas correndo, os mortos vinham atrás eram vários, pelo visto já estavam comendo os pacientes antes de eu sair do quarto, ou talvez eu tivesse provocado aquilo, eu sempre fazia besteira. Cheguei ao primeiro andar, tinha bem menos zumbis, mas por algum motivo a escada não continuava naquele mesmo lugar, e sim no meio do corredor,
‘Porque tudo tem que ser tão difícil??’

Avancei entre os desmortos antes que eles pudessem me notar ali, cheguei no meio do corredor e desci uma escada que não dava voltas, os zumbis estavam ali, aquilo era o saguão imaginei, mas era apenas uma área com mesas e algumas plantas, imaginei que era a lanchonete, me situei do lado que aquele povo estava saindo e então virei a esquerda, era um corredor largo e não tinha zumbis nele, deduzi que todos daquele andar estavam naquele momento na rua por causa dos atiradores. Parei por um segundo, minha dor aumentava, aquela movimentação toda estava me matando, entrei em uma das salas onde se lia Dr. Isaac Patel. Já dentro fui até o que parecia um arquivo, procurava algum analgésico, eu não aguentaria essa dor muito mais tempo, dentro das gavetas tinham remédios diversos, mas eu procurava qualquer um com o nome Analgesic, encontrei, era uma caixa verde, estava fechada, abri e coloquei duas capsulas na boca, peguei um copo d’agua e tomei.

Saí para o corredor que ainda estava vazio, a dor ainda permanecia, claro que não iria parar imediatamente. Corri para onde eu via a saída.

Cheguei à recepção, e mais uma vez nenhum morto-vivo. A porta era logo ali, mas eu estava com medo do que iria encontrar lá fora, aquele mar zumbi. Olhei para trás e nenhum vinha atrás de mim ainda, talvez nem viessem, sei lá.

Então ouvi um tiro, dois e três. Três tiros e então parou. Abri a porta que era de vidro translúcido e olhei lá fora, nenhum daqueles monstros na frente do meu hospital... mas do prédio da frente ainda saiam alguns, olhei para trás e muitos vinham também, eles tinham encontrado o caminho. Saí rapidamente para a rua, vi uma placa onde se lia King’s College Hospital, bom, agora era Death’s College Hospital, e mais uma vez como um idiota dei uma risada. Á minha esquerda tinha uma curva no fim para a direita e para frente tinha outra rua, à minha direita ficava o tiroteio e eu queria ir para lá, os zumbis estavam lá todos andando para a avenida da frente. Eu não via saída.

Optei por ir para frente, talvez tivesse uma entrada para direita onde no fim eu não encontrasse 200 zumbis. Olhei para trás e eles estavam na metade do corredor largo. Fechei a porta de vidro e corri desesperado para a rua na minha frente torcendo para eles não me verem indo para lá, a dor permanecia mas não tão intensa mais. Quando passei pelo prédio de onde estavam saindo os mortos, vi que atrás dele tinha um estacionamento, e no fim do estacionamento , como se fosse uma diagonal tinha um caminho que devia dar exatamente para a rua do tiroteio, corri para lá e passei pelos prédios, na minha frente tinha uma área com algumas árvores e à direita a Avenida de onde os tiros estavam vindo, corri para ela e vi os zumbis avançando para cima do grupo que eu vi antes. Mas não tinha mais ninguém, nada de metralhadoras ou rifles, somente 4 pessoas atirando com pistolas em centenas de mortos que andam.

Não sabia o que fazer, então eles começaram a correr para o lado contrário de mim. Eu vi um ônibus parando e as pessoas descendo, curiosas talvez, e esse foi o maior erro da vida deles, grande parte dos zumbis começou a se preocupar com os passageiros, comiam eles avidamente. Eu aproveitei a chance, corri desesperadamente, 200 metros me separavam do ônibus, eu rapidamente avancei, minha melhor chance era correr para o outro lado onde não tinham desmortos, mas se aquela praga tivesse se espalhado pela cidade pelo menos aquele pessoal estava armado. E parecia saber atirar diferente do homem do avião.

Cheguei perto do ônibus vermelho de dois andares, sem olhar para o lado avancei, tinham poucos zumbis olhando para o meu lado, todos queriam um pedacinho dos passageiros. Alguns estavam na minha frente, mas eram lentos e eu desviava deles. Havia um estacionamento uns 150 metros na minha frente para onde eu tinha visto o grupo ir, 6 mortos estavam chegando lá, eu os alcancei e passei por eles, um que estava mais na frente levou uma “penicada” na têmpora, olhei ele caído no chão e quando levantei o olhar vi a loira e seus dois amigos apontando armas para mim, eu não tinha pensado nisso, se eles me vissem e pensassem que eu era um daqueles monstros eu já era.

“Que porra é você” falou um dos homens em tom sarcástico

“Um sobrevivente amigo” respondi “me ajudem”

“Pensei que você era o grande guerreiro do apocalipse zumbi que veio com um penico nos ajudar” falou o mesmo homem e começou a rir. A loira permaneceu impassível até que falou:

“Se abaixe”

Fiz imediatamente o que ela mandou, ela deu cinco tiros certeiros nos zumbis, todos caíram mortos... de novo.

“Venha” fui até eles que estavam atrás de um carro. Ela virou para o homem das piadas “Você consegue mesmo?”

“Qual é... eu invado os melhores sistemas do mundo se estiver afim. Essa coisa arcaica não vai me deter” então deu uma coronhada no vidro do carro, este começou a apitar, ele abriu a porta e rapidamente se abaixou até os fios, estava claro o que iria fazer

“Ligação direta...”

“Isso, temos que sair daqui” falou a mulher “o Reforço está vindo, e sozinhos não fazemos nada”

Só então notei o uniforme que ela estava usando

“Você é da polícia?” neste momento o carro parou de apitar, o cara tinha desligado o alarme.

“Sim, Olívia Palmer, este é o Doutor Oswald Lee, e aquele é o Morgan Baker”

“E quanto a ele?” perguntei apontando para o homem dentro do carro

“Ele?” perguntou ela apontando a arma para 3 zumbis que apareceram no estacionamento, depois de quatro disparos ela respondeu enquanto recarregava a pistola “Ele é um peso” o carro ligou e com a mão mesmo o homem acelerou para mostrar “Ele é um peso que pode ser útil as vezes, seu nome é Robert Webb”

Ela entrou no carro no banco do motorista e Webb foi no banco do passageiro da frente, eu e os outros sentamos atrás e ela começou a andar cantando pneu.

“Cuidado agora Palmer, que tal olhar para os dois lados antes de atravessar? Sua mamãe não ensinou?” falou Webb

“Haha, vamos logo, temos que nos afastar daqui, aonde vamos? Algum plano?” falou Olívia

“Vamos somente nos afastar daqui e esperar reforço, você tem um rádio né?”

“Não, Droga!”

“Eu tenho, aqui olha” falou Morgan

“Isso, vamos sair daqui e então falamos com a central” falou Olívia pegando o rádio.

Então saímos do estacionamento, vários zumbis ainda vinham à nossa direita então fomos à esquerda o mais rápido que dava ali naquelas ruas pelo visto

“Vamos parar na Champion Hill” Falou doutor Lee “Acho que lá dá para falar tranquilamente”

Eu não me esforçava para entender, sempre fiz cursos de inglês junto com minha irmã então nós éramos muito bons nessa língua. Nesse momento meu  pensamento se voltou para ela, Se tivesse zumbis por toda Londres ela estaria em perigo

‘Onde estará ela?’

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“Central, aqui é a agente Olívia Palmer Nº14102012 responda, Cambio”

“Agente Palmer, o que houve? Cambio”

“Está impossível ficar na Denmark Hill, onde está o reforço? Cambio”

“Olívia, não tem desses monstros somente no local do acidente e no KCH, Cambio”

“O que você quer dizer? Cambio”

“Sutton foi atacada por alguns deles, moradores disseram que eles saíram da mata e avançaram em cima das pessoas atacando-os, não paramos de receber ligações de moradores de lá, Cambio”

“Deve ser o restante dos que estavam no voo, Cambio”

“Exato, mas tem outra coisa, tem destes monstros na Oxford Street e na South Hackney, também, Cambio”

“COMO??”

“Segundo ligações, um carro na Oxford bateu e quando foram ver um homem estava morto, ele era médico e quando colocaram ele para fora do carro, ele atacou todos ao redor, nesse momento já temos várias ligações dizendo que eles estão se multiplicando, Cambio”

“As pessoas não sabem que se transformam com mordida ou arranhão” falou Liv olhando para os outros “Ok, e já mandou pessoas para os lugares? Cambio”

“Sim, os policiais a pé que estavam nesses locais estão la, em South Hackney uma mulher ligou dizendo que o marido tinha enlouquecido, no meio da ligação ele atacou ela, Cambio”

“Ok, e agora?” falou Liv e os outros não tinham respostas “Alguém vem para cá? Cambio”

“Sim, o Buttler está a caminho, Cambio “

“E mais alguém? Cambio”

“Mais duas viaturas perto de você, Cambio”

“Não é suficiente, Cambio”

“O que faremos então Palmer? Londres está sendo atacada por todos os lados, Cambio”

“Fale com a segurança nacional, AGORA, Cambio”

“Ok agente, copiado, vou me comunicar com o exercito, Cambio”

“Cambio, Desligo” se virou para ou outros “E aí? O que faremos a seguir?”

“Esperamos o exército” Falou Morgan

“Matamos todos com um penico” Falou Webb sério

“Você brinca assim sempre?” perguntou Diego intrigado, ele não tinha ouvido ele falar sério uma vez ainda

“Sempre que posso, você é de onde? Não tem sotaque britânico”

“Sou Brasileiro” respondeu Diego

“De onde tudo isso veio” falou Webb pensativo “Isso tudo veio do avião que veio do Brasil, e agora está se irradiando pela cidade, com certeza os homens de Hackney e da Oxford são médicos do KCH”

“Tem razão” falou Morgan “eles devem ter sidos arranhados pelo bebe zumbi e foram pra casa, um conseguiu ainda chegar e o outro não”

“Se eu falar uma coisa muito louca vocês acreditam em mim?” perguntou Diego

“O que?” perguntou Webb curioso

“Eu vi tudo isso acontecer, vi como começou”

“Onde? Em um sonho?” perguntou o Lee

“Não, No Avião!”

“Como assim?” perguntou Liv interessada

“Eu estava no Voo 140!”
...
“Não acredito que você veio comigo, isso é muito perigoso.”

“Você viu o que a mulher falou, estão atacando em South Hackney e em Oxford Street, a cidade está ficando um caos. Nenhum lugar é seguro”

“Pior que é muito perto mesmo”

“Verdade, o que vão fazer agora? A Yard?”

“Provavelmente chamarão o Exercito... eles podem até conseguir  segurar essas coisas, ou não, aliás qual o seu nome mesmo?”

“Luciana, Meu nome é Luciana Moura”

“De onde você é Luciana?”

“Brasil, moro aqui há 4 anos, para estudar e trabalhar”

“Entendo, e o que fazia lá no local do acidente? Tinha um parente no avião né? Ele veio do Brasil”

“Sim” falou ela abaixando a cabeça e contendo as lágrimas “Meu irmão vinha naquele avião”

“Sinto muito”

“Tudo bem, obrigado.” E começou a chorar “Era a primeira viagem dele. Devia estar tão orgulhoso.” As lagrimas rolavam no seu rosto delicado.

Buttler não sabia o que fazer, nunca foi muito sentimental e sempre foi péssimo em consolar as pessoas, no dia que sua ex-mulher perdeu o bebê que estava esperando, a única coisa que ele foi capaz de dizer foi “que triste meu amor, foi triste” ele se arrependia amargamente daquelas palavras vazias, ela começou a achar que ele não queria o filho deles, e com essa ideia crescendo na cabeça dela acabou abandonando Buttler que desde esse dia não tinha se apaixonado mais por ninguém.

Agora, ali diante daquela garota, ele sentia pena dela por não ter alguém que realmente a consolasse, deveria estar se sentindo tão só, e nada ele podia fazer, não sabia o que falar.

“Qual era o nome dele?” perguntou enfim

“Diego”

“Diego Moura? Não lembro deste nome na lista de mortos, eram apenas 47 e daria para lembrar.”

“Então ele virou uma daquelas coisas?”

“Pode ser que sim ou que não, já pensou que ele pode ter sobrevivido?”

“Não, não passou pela minha cabeça, simplesmente porque é impossível.”

“Não, muitas pessoas sobrevivem à quedas de avião”

“Ok, e qual as chances dele ter sobrevivido?”

“1 em 1000 eu acho”

“Muito animador, valeu” falou ela com lagrimas tornando a cair dos seus Olhos verdes

Eles se aproximavam do Hospital, Buttler abriu o porta-luvas com a mão esquerda e pegou algo dentro.

“Toma, sabe como usar?” Buttler entregou uma pistola para ela

“Basicamente, é só mirar e atirar certo?”

“Basicamente... mas você tem que lembrar de destravar, assim” mostrou como destravar enquanto olhava para a estrada.

“Entendi” ela pegou a rama travou e ficou segurando.

“Se você tiver que atirar, mire na cabeça ok?”

“Certo, só assim eles morrem”

Ao chegar há 500 metros do hospital não dava mais para andar, carros parados bloqueavam o caminho, James pegou a esquerda e avançou até chegar na primeira rua paralela, onde entrou.

“Pegue o rádio”

Luciana pegou o rádio e entregou a Buttler, ele apertou e começou a falar

“Palmer, Palmer, você está me ouvindo?”

“Sim, Cambio”

“Onde você está? Isso aqui está um inferno, Cambio”

“Não te avisaram? Eu vim para Champion Hill, estou com um carro estacionado esperando reforço, jamais me senti tão impotente, Cambio”

“É, se vier apenas 2 carros não vai dar pra fazer muita coisa antes de ser comido vivo, Cambio”

“E os outros que estavam no local do acidente? Cambio”

“A maioria dos policiais morreram, mas alguns conseguiram fugir, os civis fugiram a maioria, Cambio”

“Ahh não, essa notícia é muito triste, venha para cá, e vamos montar um plano, Cambio”

Ok, vou encontrar vocês, Cambio desligo”

Ele acelerou até chegar ao fim da rua e pegou a direita voltando de novo para a avenida dos zumbis, pegou a esquerda e foi em direção à Champion Hill.


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“Como assim você estava no voo?” Olívia não queria acreditar no garoto, aquilo era quase impossível.

“Eu estava vindo para casa da minha irmã, estou de férias, não é bem o tipo de início de férias que eu pensei não”

“E como você sobreviveu?”

“O avião não caiu de bico nem explodiu, somente caiu como se estivesse pousando sem as rodas. Eu desmaiei quando tocou no solo. Quando acordei já estava amanhecendo, fui para o norte e então encontrei uma casa, e lá eu desmaiei, acordei aqui nesse hospital”

“Incrível, você é mesmo um sobrevivente” falou Lee com um certo respeito na voz

“Você viu quem começou essa coisa toda?” Perguntou Baker olhando para o céu.

“Eu vi um homem que passou por mim com muita dor de cabeça, ele caiu morto, e então quando tentavam reanima-lo ele acordou e atacou as pessoas, depois disso foi uma loucura lá dentro”

“Imagino. Você é muito sortudo” Falou Olívia.

“Os Zumbis foram atrás dele, por isso não tinha nenhum na área” falou Webb “Quando o policial gritou ao levar a mordida do bebê zumbi ele atraiu os que estavam próximos, e os tiros atraíram o resto”

“Deve ter sido, nessa hora ele já devia estar no KCH”

Eles estavam na rua Champion Hill sentados na calçada, nada podiam fazer para acabar com os desmortos da Denmark. Um carro preto parou na frente do grupo, dele desceu uma garota, Olívia olhou ela, era uma garota bonita, alta, olhos verdes, cabelo castanho. Ela olhou para ela e depois passou o olhar no seu grupo, mas seu olho fixou em um especifico, seu rosto se abriu em um sorriso, e ela correu em direção a Diego, este parecia não acreditar no que acontecia, se levantou e abraçou a moça, Liv não sabia dizer qual estava com a cara mais surpresa.

“O que está havendo?” perguntou Buttler descendo do carro

“Meu Irmão!!” Falou a garota “É meu irmão, é um milagre, você estava certo James”

Ele abriu um sorriso para ela e voltou o olhar para Liv.

“Eu vi a Denmark, está impossível”

“Espera!” falou Webb de repente “Qual o seu problema? Vocês estão vendo isso? O cara é a pessoa mais sortuda do mundo! Sobreviveu a um acidente de avião, fugiu dos desmortos sem ser mordido nem arranhado, desmaiou acordou em um hospital infestado, saiu de lá sem um arranhão, chegou até nós, e agora encontrou a única pessoa que tem de familia aqui no Reino Unido. Cara, vc é o Rick Grimes da vida real”

Diego riu, ele achava mesmo que era a pessoa mais sortuda do mundo, sua irmã enfim o soltou

“Como você sobreviveu?”, perguntou ela com lágrimas nos olhos.

Diego então contou toda sua história para sua irmã e Buttler, todos ouviram atentos os detalhes do avião, então quando terminou começaram a discutir.

“Temos que sair de Londres” Falou Lee “Isso aqui está um inferno”

“Não posso deixar Londres, tenho que fazer algo tem que haver algo a se fazer.”

“Tem uma coisa” Falou Webb “Manter-se viva o quanto puder, se o exercito falhar, nada mais poderá ser feito por Londres, apenas eles podem salvar ainda a terra da rainha, você sozinha não faz nada Palmer, não importa quão boa seja com uma pistola”

“Ele tem razão” falou Buttler “O Exercito está a caminho, apenas eles podem fazer algo por nós”

“E o que fazemos? Sentamos e esperamos?” Perguntou Liv sem gostar nem um pouco do que estava ouvindo

“Pode ser, mas não aqui. Olhem!” falou Lee apontando para o inicio da rua, Zumbis vinham pela rua, pelo menos 20 deles, deviam ter seguido os carros de Liv e Buttler, agora que a Denmark estava praticamente interditada com os carros parados por elas, pouca comida tinha lá para eles e por isso aquele lugar não chamava mais a atenção, Olívia se levantou, apontou a arma para um deles e Diego segurou sua mão.

“Não, você vai gastar balas a toa e não vai fazer diferença, sério, vamos sair daqui”

Neste momento tiros foram ouvidos vindos da Denmark Hill, parecia que a artilharia pesada tinha chegado, o rádio começou a transmitir uma mensagem e Olívia levantou-o.

“Palmer, está ouvindo? Cambio”

“Na escuta, Cambio”

“Onde vocês estão? Cambio”

“Champion Hill, quantos tem com vocês aí?” Ela estava esperançosa, por que se tivessem muitos homens ela poderia ajudar pelo outro lado. Mas a resposta que ouviu não era nada animadora

“Perdemos muitos homens na Oxford, aquilo lá está pior que aqui, somos 7 homens venha para cá, Cambio”

Olívia foi entrando no carro, junto com ela foi Webb, Lee e Baker.

“Diego, vem com a gente!” falou a menina para Diego “Aliás” falou ela para os outros “Meu nome é Luciana”

“Muito útil saber disso agora que a gente vai morrer” falou Webb rindo

Luciana também riu e entrou no carro, Diego entrou atrás e então eles saíram em direção à A215 de novo, passando pelos zumbis atropelando-os, Olívia atirou nos outros que tinham escapado dos carros, já não se ouvia os tiros dos policiais então aceleraram mais, entraram na direita e em seguida na esquerda, pelo caminho que Buttler tinha vindo, ao chegar do lado oposto da Denmark viram o que não queriam de jeito nenhum ver.

10 homens já não era muito, e contra mais de 500 mortos que andam, não era nada, alguns desmortos jaziam no chão, mas a maioria estava se alimentando daqueles que tinham acabado de falar com Olívia, ela olhou aquilo e Webb colocou a mão no seu ombro.

“Vamos, a gente não pode mesmo fazer nada, temos que nos esconder em algum lugar e esperar o exercito fazer o trabalho deles.”

“John” sussurrou a mulher. Por algum motivo naquele momento ela pensou no marido, ela tinha que encontra-lo e abraça-lo, queria se sentir protegida.

“Quem?” perguntou Baker

“John, meu marido, nós podemos ir para minha casa, vamos andando, não vamos dar bobeira aqui.” Começou a andar, Buttler começou a andar atrás dela

“Onde você mora?” Perguntou Lee

“Tyler Street, em Greenwich”

“Longe dos focos de zumbis” falou Baker pensativo.

Passaram por uma rua onde estavam várias pessoas olhando os monstros escondidos pela esquina, Webb colocou a cabeça para fora e gritou.

“FUJAM PARA AS COLINAS! CORRAM POR SUAS VIDAS!” gritou ele, colocou a cabeça para dentro do carro e falou “Iron Maiden” com um sorriso no rosto, Lee e Baker começaram a rir, Olívia abriu um sorriso, podia não gostar totalmente do Hacker, mas ele sabia descontrair o ambiente, e eles precisavam disso, todos estavam muito tensos.

...

John não acreditava no que estava vendo na TV, ligava para Olívia, mas o celular dela só dava desligado, ele estava desesperado, tentou a polícia mas não completava, as linhas estavam todas ocupadas, parecia que Londres estava de cabeça para baixo, todos deviam estar, ligando para Yard.

“Onde está você Liv?” ele sabia que era muito provável que ela estivesse morta, mas não acreditar nisso, decidiu que tinha que ir na Scotland Yard quando a porta se abriu e entrou aquela morena que ele amava tanto, ele correu até ela e a beijou, fazia apenas 5 horas que ela tinha saído, mas parecia que ele não via ela há anos. Depois que a soltou viu as pessoas atrás dela. Eram 6, Pelo menos 2 eram policiais, um adolescente um cara que parecia um adolescente adulto e uma garota muito bonita.

“Entrem” falou o homem, “Que inferno este dia”

“Não me diga, você já deu de cara com mais de 500 zumbis hoje?” perguntou Webb enquanto sentava

“Não” respondeu Harvey

“Então nada sabes do inferno, a gente já passou por muita coisa hoje”

Depois de todos contarem suas história ligaram a TV, as notícias não eram boas, os desmortos estavam se espalhando por toda Londres, as pessoas apareciam desesperadas pelas ruas. Nada ia bem!


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Uma semana e meia tinha se passado e Liv e seu grupo não saíam de casa, não faziam barulho por que agora aquelas coisas estavam em todos os lugares, e também na porta dela, a casa não era pequena mas não tinha privacidade, e para evitar discursões desnecessárias, sempre aceitavam o que o outro dizia, mas combinaram de nunca concordar com o Webb, afinal, ele é o Webb. Mas surpreendentemente ele que deu as melhores ideias de estoque, racionamento, proteção. Parecia que ele tinha mudado da agua pro vinho rapidamente, para Liv, tinha caído a ficha dele, e agora ele queria se manter vivo.

Diego estava sendo cuidado pelo Dr. Lee e tomava analgésicos que tinha pego no hospital e alguns que tinha na no quarto de John. Vinha se recuperando bem, embora ele ainda sentisse muita dor quando estava dormindo e se virava para o lado esquerdo, acordava com dor e custava a dormir novamente.
...
5 dias depois de chegarem na casa, a transmissão de TV parou, e graças a John e seu rádio de ondas curtas eles ficaram à par de tudo que acontecia, de acordo com o noticiário de outros países.

“A Situação na Inglaterra se agravou, o ministro da defesa, informou que mais de 500.000 homens combatem os monstros em Londres, mas não é fácil derrubar essas criaturas, quando perguntado qual a gravidade da situação ele disse que era estado de sítio decretado pelo primeiro ministro, por isso transmissões de TV e rádio foram interrompidas e pessoas foram presas em prédios residenciais e comerciais, para o exercito combater os monstros. Parece que a situação em Londres está bem pior que o resto da ilha, mas as criaturas se caminham para o sul, onde a defesa é menor, não se sabe ainda como eles se multiplicam, mas ao que parece, sua mordida e qualquer ferimento que ele causa na sua pele o mata e transforma você em um deles, estaria o Reino Unido sofrendo um ataque dos mitológicos zumbis?”

“Mitológicos zumbis” falou Webb e Diego ao mesmo tempo e começaram a rir baixinho, os outros se ocuparam logo para fazer outras coisas, no 8º dia então eles ligaram novamente o rádio, não era difícil achar alguém que desse a notícia desse desastre em Londres, parecia que o mundo só falava disso. O mesmo homem que ouviram 3 dias antes falava agora, sua voz grave ecoava pela sala.

“... O Ministro ainda não soube explicar como tantos morreram, mais disse que a capital está totalmente infestada, não se passa nem pelas ruas. Zumbis tomaram todo o centro londrino, depois que um tanque de guerra foi impedido na rua e homens morreram, uma boa parte desertou e fugiu para o norte, onde imaginasse seja menos infectado. Agora segundo dados enviados para o presidente Barack Obama eles têm menos de 250 mil combatentes e pedem ajuda dos EUA, Obama disse em comunicado especial que essas criaturas não são fáceis de matar, e infectam aquilo que tocam, e não irá colocar em perigo os soldados americanos em uma batalha que está perdida, pediu desculpas ao reino unido publicamente por não poder ajudar, depois dessa decisão, as bolsas de valores de todo o mundo entraram em colapso. A bolsa de Nova York caiu 15% maior queda da história e precisou ser fechada para não ficar pior, ‘Se o Reino Unido cair todo o mundo vai junto’ falou o primeiro-ministro britânico ao pedir ajuda novamente a Obama em resposta a isso hoje pela manhã Obama declarou que se além do Reino unido cair também a américa ‘O mundo jamais se recuperará’, um conselho da ONU foi convocado para decidir como tratar dos desmortos britânicos, eles são um perigo para todo o mundo, e isso precisa ser discutido imediatamente, acreditasse que a organização se reunirá em Washington em 5 dias, tempo necessário para fazer todas as preparações, enquanto isso os homens que combatem em Londres e ao sul principalmente, mas já houve relatos de ataques em Luton, que significa que já está se alastrando pelo norte, a qualquer momento mais notícias aqui no HUA rádio”

“O que faremos agora?” perguntou Luciana

“O Governo deve acabar com essas coisas, senão nós podemos ir para o Sul” falou Webb

“Você é louco?” perguntou Baker “O Sul está infestado”

“Sim meu caro” falou Webb em tom de superioridade “Mas, lá tem o Canal da mancha apenas 30 quilômetros até a França e então estamos livres”

“É uma boa ideia” falou John “Precisamos sair de Londres, logo isso aqui vai estar impossível de andar.”

“Londres já está impossível amigo, nós temos que sair logo daqui antes que Greenwich fique infestado também” Falou Buttler que comia alguns amendoins que ele sempre tinha no bolso, seu maior vício, para Liv parecia que aquilo nunca acabava.

“Nós podemos esperar saber qual vai ser o plano da ONU, eles devem tirar-nos daqui, os não infectados” falou Diego

“É verdade, duvido que eles nos deixem aqui” Falou Lee que estava limpando o seu estetoscópio

“Eu não confiaria no governo” falou Webb

“Nem eu” Falou Liv que estava calada até aquele momento, “Se eles não querem combater, é claro que não vão entrar aqui para pegar alguns milhares de pessoas que podem estar infectadas, um processo de retirada das pessoas de Londres levaria muito tempo, precisaria escolher um ponto para pega-los, e custaria muito, para eles isso aqui já era. Logo o Sul e o Norte estarão na mesma situação, temos que fazer o que o Webb falou, se chegarmos ao Canal da Mancha podemos sair de Londres em um barco, e chegarmos à França”

“Então quando saímos?” Perguntou Lee

“Não sei, precisamos de mantimentos para a viagem.”

“Vamos ver o que podemos fazer” Falou John

Mais dois dias se passaram quando ligaram o rádio de novo. Desta vez não era o mesmo homem, parecia que a cúpula da ONU iria se reunir em 2 ou 3 dias para discutir a situação de Londres, mas não era apenas a capital inglesa que sofria. Liv não estava perto quando John ligou o rádio, quando se juntou aos outros perguntou como estava a situação, a cara dos outros dizia tudo.

“...Muito ao Sul. Depois da saída deles tudo ficou mais difícil, não se tem mais informações de dentro de Londres, a saída foi autorizada pelo ministro da defesa, agora esperamos para saber qual vai ser a atitude da família Real diante disso”

“Os Soldados saíram?” Perguntou Liv assustada.

“Eles foram massacrados Palmer” falou Buttler

“Daqueles 500.000 de cinco dias atrás apenas 180.000 saíram hoje marchando para o Sul, e saindo do país em aviões de guerra, todos fugiram.” Falou Webb.

“E o que faremos agora?” perguntou Luciana assustada, ela estava sob pressão, e isso nunca tinha acontecido com ela.

“Temos que comer, afinal a gente não come desde ontem e já é mais de 12 horas” Falou Webb

“Ele tem razão” falou Liv que não se acostumava em dizer isso “Vamos comer algo, eu estou morrendo de fome”

“Eu te ajudo” Falou Luciana se levantando, elas foram até a cozinha e na hora de pegar a panela Liv se esticou para pegar as que estavam no alto, neste momento todas as panelas que estavam penduradas caíram, fazendo um barulho muito grande. Parecia que faziam de propósito quicando e fazendo mais som alto.

“Cuidado!” falou Luciana. Olívia tentou pegar uma ultima no ar e acabou batendo em outras duas que estavam em cima do balcão que caíram fazendo um barulho final.

“Muito bem Palmer” Falou Webb correndo para a janela na frente da casa.

“Me desculpem” falou Liv indo atrás de Webb, este olhava pela cortina, então colocou a cabeça para dentro.

“Quem será a isca desta vez?” falou com um meio sorriso no rosto, parecia assustado mas como sempre queria fazer piada, Olívia empurrou ele para o lado e afastou a cortina, olhou lá fora e viu cerca de 60 zumbis vinham na direção da casa, um já estava na porta e tentava empurra-la batendo nela. Eles tinham que sair dali o quanto antes!


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“Deus! Temos que sair daqui!” Falou John, ele ainda não tinha tido que enfrentar uma coisa daquelas, e podia entrar em pânico a qualquer momento, ele caiu sentado ao lado da porta. Liv foi até ele.

“John, eu preciso que você esteja comigo agora ok? Preciso que você seja forte para mim! Você pode?”

“Sim meu amor! Eu estou contigo”

“Ótimo meu bem, venha.” Se levantou e apontou pra saída dos fundos na cozinha “Vamos por lá”

“Entendido” Falou Buttler

Eles foram atrás de Olívia, Webb voltou até a cozinha.

“VAMOS” Gritou Baker

“De jeito nenhum eu vou sair sem uma arma secundária” Pegou uma faca que estava em cima do balcão, abriu uma gaveta e pegou outra, eram facas grandes. “20 centímetros, o ideal”

Andou até a porta de trás bem a tempo de ver a porta ceder. Saiu por trás e fechou a porta.

“Aí Penico-Boy” falou chamando Diego “Parece que você não tem nada pra se proteger, Toma!” Entregou a arma branca ao adolescente “Isso não é brinquedo ouviu? Se eu ver você brincando com isso eu tiro de suas mãos” Falou com um sorriso no rosto. Diego Sorriu e foi atrás dele.

“O que faremos agora?” Falou Lee

“Temos que pegar um carro e sair daqui, irmos para o Sul, para o canal da Mancha” falou John

“Não temos suprimentos” falou Liv

“Então precisamos disso ok?” Falou Webb

“Ok, alguma idéia?”

“Primeiro saímos daqui, olha lá” apontou para a rua que passava atrás da casa de Olívia

“Venham! Por aqui!” Falou John pegando no braço de Olívia e correndo para a esquerda. Parecia que ele estava corajoso para ela. Eles correram em direção de uma cerca e a pularam, o desmortos que estavam no quintal de Liv não conseguiriam passar. Corriam muito rápido e então decidiram ir para a rua onde teria carros para poderem “roubar”, ao chegarem na rua viram dois carros estacionados 200 metros para frente. Correram até eles, Zumbis que estavam na rua eram atraídos pela movimentação deles.

Webb foi o primeiro a chegar no carro, e já bateu com a arma no vidro, que se estraçalhou no chão, esse não apitou o alarme, ele se abaixou nos fios e tentou ligar o carro, tentou várias vezes, mas não dava sinal de que iria funcionar, os zumbis vinham em direção a eles.

“Estão próximos” Falou Liv para Webb “Se apressa aí”

“Está sem bateria” falou ele se levantando

“Que conveniente” Falou Baker irritado

“O próximo” falou Liv

Webb sabia o que fazer e já estava correndo para ele, era um carro amarelo, ele quebrou o vidro e este apitou ele se abaixou rapidamente, Olívia olhou em volta e viu que o barulho do alarme estava atraindo desmortos de todos os lados.

“Rápido, estão vindo muitos”

“Ok!” falou Webb e desligou o alarme “Vou ligar o carro agora”

Olívia estava achando os 50 metros de distância dos zumbis mais próximos muito perto e atirou nos 3 que vinham nessa distância.

“WEBB!” gritou ela, neste momento o carro ligou, ele se levantou.

“Parece que vamos mesmo fugir no carro-ovo... NOSSA! Muito perto, entrem!!”

Ele saiu do lado do motorista para Olívia que era a melhor na direção entrar, ela entrou, e Lee, Diego, Luciana e Baker se espremeram atrás, John sentou no lado do carona na frente.

“Não dá!!” Falou o Hacker “O Buttler aqui é muito grande pra ir ai dentro também! E já pegaram meu lugar” o Buttler deu um tiro na testa de um desmorto, eles vinham de todos os lados.

“Ali!” James apontou para uma caminhonete que estava em um quintal ali na frente.

“A gente vai até lá e você me dá cobertura” Falou Webb

“Vamos precisar abrir caminho na bala”

“Estamos juntos, vamos lá.” Webb estava entusiasmado “Palmer, Atropele os que estiverem vindo próximos, já é menos para o Buttler derrubar”

“Ok”

Os zumbis estavam há apenas 20 metros deles e então o Policial começou a andar e atirar nos monstros que estavam na frente, Robert vinha atrás atirando nos que ficavam dos lados, o pente de Buttler acabou e o outro tomou a dianteira enquanto ele recarregava, a corrida era de 200 metros, mas parecia que estavam cruzando Londres inteira, enfim chegaram ao carro, ele tinha uma porta aberta e o dono não estava perto, Webb concluiu que ele devia ter sido pego quando entrava no carro, neste caso a chave deveria estar perto, afinal ele deveria estar com a chave na mão quando foi atacado e ao ser mordido deveria ter a deixado cair, isso se passou em sua mente em 1 segundo mas Buttler já gritava com ele enquanto atirava nos zumbis.

“O QUE ESTÁ FAZENDO? LIGA LOGO ESSA PORRA!”

Ele olhou no chão e então se abaixou, a chave estava embaixo do carro próximo ao pneu dianteiro, ele a apanhou e entrou no carro.

“VAMOS!” gritou para Buttler. Este veio enquanto ele ligava o carro, neste momento o carro de Olívia atropelou 20 zumbis mais próximos, do carro desceu Lee que foi até o carro de Webb caminhando.

“Vamos!” falou Buttler quando o tailandês entrou no carro. Eles partiram de Greenwich, não era preciso combinar nada, a ideia era ir para o sul e eles estavam indo pegar a estrada para isso, ao chegarem em uma área um pouco distante de Greenwich é que alguém falou, e foi o Lee.

“Não acredito que estejam todos mortos” ele olhava para as ruas sem vida.

“E não estão” falou Webb olhando pelo retrovisor “Eles estão em prédios, acho que a maioria das pessoas de Londres ainda está viva nos prédios no centro da cidade, foi declarado estado de sítio não lembra? As pessoas foram presas nos prédios comuns, mas estão desarmados não podem sair, e logo morrerão de fome, ou pode ser que boa parte esteja indo para o sul como a gente, não posso acreditar que fomos os únicos a ter...”

“CUIDAADO!!” Falou Lee, seus olhos se arregalaram e Webb olhou para frente. Aquela rua estava bloqueada, então todo desmorto que entrou nela estava parado contra o bloqueio, algo deveria estar acontecendo ali, talvez fosse um ponto onde o exército trabalhava, era um cruzamento amplo e daria para ficar nele matando zumbis dos quatro lados, embora não fosse o modo mais seguro de combater os monstros.

O que levou Webb a pensar na possibilidade de ter acontecido algo muito barulhento ali é que agora mais de 700 zumbis vinham em sua direção, era a maior horda que ele jamais tinha visto, nem na frente do KCH eles estavam tão concentrados em um só lugar, ele colocou na primeira marcha e começou a andar, mas o carro morreu, Olívia já tinha saído de perto dos desmortos e agora gritava do carro dela, mas ele não ouvia, estava concentrado em ligar o carro e o barulho das centenas de mortos-vivos era muito alto, eles chegaram ao carro, começaram a bater no vidro, e empurrar o carro, Webb tentava desesperadamente ligar, mas o carro não funcionava, ele então respirou fundo e girou a chave mais uma vez, a janela direita do banco de trás se arrebentou na mesma hora que o carro ligou, ele passou a primeira marcha, sentiu então os pneus direitos do carro saírem do chão, acelerou com tudo, o carro começou a andar, a janela do Hacker quebrou e Buttler deu três tiros nos desmortos para impedi-los de arranhar o homem. Os pneus tocaram no chão e eles partiram velozes com a horda de zumbis lerdos atrás deles.

Chegaram a uma área gramada e muito aberta ao norte do Tâmisa próxima ao centro onde deveria ter mais zumbis, mas a área era mais fácil de vigiar, e eles precisavam de um plano, e John decidiu ligar o rádio para saber se tinha notícias

“Liga na HUA, parece que eles não têm outros assuntos” Falou Luciana

“Ok” Falou Harvey, sintonizou o canal e começou a escutar, e como sempre a emissora de rádio dava notícias do Reino Unido

“... O que pode ser considerado o fim do Reino Unido...”

“Como assim?” Perguntou Diego

“Pssiu silêncio” falou John

“Então é isso, depois que a coisa ficou difícil com a saída dos militares, apenas 5 horas depois a Família Real fugiu do país em dois jatos particulares, já pousaram na França onde pediram asilo político, agora o Reino Unido é realmente um país abandonado, onde ainda pode ter gente viva, mas é muito difícil segundo informações do assessor de imprensa da rainha, a Cúpula da Onu foi adiantada para hoje com os países que já podem comparecer, os lideres das principais potências vão estar em Washington ainda hoje e os outros devem chegar até amanhã, entre os que já estão na capital americana, está o Primeiro-Ministro britânico David Cameron que vai ter que dar explicações do que houve realmente naquele lugar, enquanto isso a infecção se espalha para o norte também, mas agora não temos mais informações, fica por aqui o relatório especial da situação britânica com a saída da Rainha Elizabeth II e sua família do País.”

“Estamos Fudidos!” Falou Diego

“Agora podemos dizer com certeza que o país caiu” disse John

“É... Deus Salve a Rainha” Falou Olívia.

Webb riu.

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